Em entrevista à agência Lusa, durante a participação no Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça, António Costa falou da reunião bilateral que manteve com a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde.
António Costa revelou que a "primeira mensagem foi de congratulações" por Portugal ter tido "um resultado surpreendente para aquilo que eram as previsões iniciais do FMI" e pelo trabalho desenvolvido pelo executivo "não só para a consolidação orçamental, mas também para a criação de emprego, para o crescimento económico e para a estabilização do sistema financeiro".
"Acho que manifestamente o tom hoje era muito diferente daquele que o FMI tinha no princípio do ano passado e, pelo contrário, é um sinal de confiança relativamente ao futuro e a compreensão clara de que é possível termos outras políticas com melhores resultados. E acho que isso era o grande desafio que tínhamos o ano passado e acho que este ano as pessoas olham com confiança para o que estamos a fazer", enfatizou.
O primeiro-ministro destacou a importância de o FMI ter compreendido que uma coisa são os resultados que se pretende alcançar e outra são as políticas adotadas para alcançar esses resultados, considerando que a reposição de rendimentos, a diminuição da carga fiscal e o apoio à criação de condições para o investimento das empresas não afastou o país desses resultados.
"Há maior confiança das instituições, e isso ajuda naturalmente a transmitir confiança sobre o país", defendeu.
Questionado sobre a questão da Taxa Social Única e qual a alternativa que o Governo tem planeada para a eventual eliminação da descida desta taxa com as apreciações parlamentares de BE e PCP que vão a votos na quarta-feira e que contam com o anunciado apoio do PSD, António Costa respondeu: "eu não vou especular aqui sobre isso. Hoje vamos falar sobre o trabalho que tenho estado aqui a fazer. Sobre esse assunto voltaremos a falar quando for oportuno".
O primeiro-ministro escusou-se também a comentar as críticas do eurodeputado socialista Francisco Assis - que classificou como esgotada a atual solução de Governo e colocou o cenário de eleições legislativas antecipadas -, tendo sido perentório: então sobre essa é que não digo mesmo nada".
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