O treinador dos minhotos, Jorge Simão, defendeu essa ideia na terça-feira, na véspera do jogo com o Vitória de Setúbal, da meia-final da prova.

"O novo formato da competição não me desagrada totalmente, mas acho que o último passo para a credibilização da prova é o vencedor ter acesso às competições europeias, isso faria com que todos os clubes olhassem para a prova de outra forma", disse então o técnico.

Hoje, à margem de um torneio de natação organizado pelo Sporting de Braga e antes de partir para o Algarve, António Salvador frisou que o clube que dirige "não está de maneira nenhuma de acordo com isso".

"O campeonato é uma maratona de 34 jornadas e não é admissível uma equipa chegar a janeiro, vencer a Taça da Liga e já estar apurado para a Liga Europa. Não estamos de acordo com isso. Seria desvirtuar aqueles que são os melhores entre a maratona das 34 jornadas", reforçou.

Sobre a final, a quinta do Sporting de Braga em menos de seis anos (final da Liga Europa em maio de 2011, finais da Taça da Liga em 2013 e 2017 e finais da Taça de Portugal em 2015 e 2016), alertou que "desengane-se quem pensa que esta taça já está ganha" e que é necessário "todo o respeito pelo adversário".

"Temos de nos focar na final da Taça da Liga que é uma prova que muito honrámos e que muito queremos vencer. Sabemos que temos que ter muito respeito pelo Moreirense e sabemos que eles eliminaram o FC Porto e o Benfica para chegarem à final. Vai ser um jogo onde será preciso empenho, dedicação e crer para ultrapassarmos o obstáculo que é o Moreirense", afirmou.

Salvador considerou ainda que, apesar do Braga ter aprovado este formato, a localização e o horário da final não são os melhores.

"Podia ser no centro do país, o espetáculo iria ganhar mais vida, com mais gente. Espero que no próximo ano considerem isso", disse.

Jorge Simão levou todo o plantel para o Algarve, incluindo os lesionados Marcelo Goiano, Djavan, Mauro e Wilson Eduardo.