Os sauditas não tardaram a responder à FIFA, que na reunião do Conselho do organismo reiterou o princípio da rotatividade continental, pelo que 2034 volta a ser um ano em princípio para organização asiática.
Em comunicado, a federação saudita de futebol afirma que “projeta oferecer um torneio de classe mundial e vai inspirar-se na transformação social e económica em curso na Arábia Saudita e na paixão pelo futebol profundamente ancorada no país”.
O anúncio, esperado, acontece um ano depois de se ter jogado o Mundial no vizinho Qatar, que atraiu atenções por se tratar da primeira organização no Médio Oriente.
No Qatar, a Arábia Saudita conseguiu o feito de bater na fase de grupos a Argentina (2-1), antes de os sul-americanos embalarem para o título.
Após o último Mundial, o futebol saudita enveredou por uma onda de contratações ‘milionárias’, a começar pelo Cristiano Ronaldo, que abriu caminho à chegada de outras ‘estrelas’ absolutas, como o francês Karim Benzema e o brasileiro Neymar.
A política para o futebol na Arábia Saudita tem sido acusada de ‘sportswashing’, ou seja, de ajudar o reino ultraconservador a desviar a atenção internacional relativamente à violação dos direitos humanos.
O desporto em geral, com o futebol no centro, é apontado como um eixo da política do príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, que pretende transformar o reino num país de negócios e turismo, reduzindo assim a sua dependência das receitas do petróleo.
A Arábia Saudita já vai acolher vários eventos desportivos principais, como o Campeonato do Mundo de clubes. Em agosto, o Fundo soberano saudita anunciou a criação de uma sociedade de investimento para “acelerar o crescimento do setor do deporto” e gerir “eventos mundiais”.
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