Quando o locutor do estádio de Adelaide pediu, na noite de quinta-feira, um minuto de silêncio para homenagear as oito vítimas dos atentados de sábado – duas delas australianas –, os 11 jogadores australianos alinharam-se e abraçaram-se no círculo central, enquanto os seus opositores desmobilizaram, separaram-se e alinharam em campo, ignorando o gesto.
Este comportamento desencadeou uma série de reações por parte de espetadores e responsáveis políticos na Austrália, levando o presidente da Federação de Futebol da Arábia Saudita, Adil Ezzat, que raramente se expressa, apresentou um pedido de desculpa.
“A Federação saudita lamenta profundamente e pede desculpa sem reservas por qualquer ofensa causada”, indica em comunicado.
“Os jogadores não tiveram qualquer intenção de desrespeitar a memória das vítimas ou de ferir os seus familiares, amigos ou qualquer pessoa afetada pela atrocidade”, indicou Adil Ezzat, no mesmo comunicado.
A Federação de Futebol da Arábia saudita “condena todo o tipo de atos de terrorismo e extremismo e endereça as suas mais sinceras condolências às famílias de todas as vítimas”, acrescenta a mesma nota.
A Federação de Futebol da Austrália tinha afirmado, depois do jogo, que os sauditas sabiam do plano de cumprir um minuto de silêncio antes da partida de qualificação, recusando-se a participar, com responsáveis sauditas a argumentarem que essa tradição “não se enquadra com a cultura” saudita.
A Austrália venceu a Arábia Saudita por 3-2, partilhando o primeiro lugar do grupo B com o Japão, mas ambas com mais um jogo do que os nipónicos.
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