A equipa do Dave Witt continua na frente da frota, depois de no sábado “ter cortado caminho" no norte das Ilhas Salomão, e desde então consolidou a sua liderança. Impulsionado pela oportunidade de serem primeiros, na primeira paragem da Volvo Ocean Race, na sua cidade natal de Hong Kong, o Scallywag encontrou uma velocidade extra ao beneficiar dos ventos alísios favoráveis.

Nas 24 horas anteriores ao relatório de classificações das13:00 UTC de hoje, o Scallywag registou umas impressionantes 504,7 milhas, 25 milhas a mais do que o Vestas 11th Hour Racing, de segundo classificado, e mais de 77 milhas em relação ao terceiro, o AkzoNobel.

O Vestas está a cerca de 76 milhas de distância, e o AkzoNobel estava a cerca de 89 milhas. Apesar de estarem confortáveis na frente, os Scallywags não assumem nada como garantido. "Alguns dias atrás perdemos umas quantas milhas, então olhámos para os arquivos meteorológicos e tentámos fazer algo ligeiramente diferente", explicou John Fisher, tripulante do Scallywag.

"Durante o último dia, esta opção começou a dar frutos. É muito positivo não estar na parte de trás da frota, mas sabemos que tudo pode mudar. Hong Kong é a nossa cidade, por isso para nós obter um bom resultado seria muito bom".

Entre os que estão a apoiar o Scallywag, temos um grupo de fãs improváveis ​​- a equipa do MAPFRE. Apesar de preferirem estar a lutar pelos lugares cimeiros da quarta etapa, os líderes da classificação geral, estão cerca de 170 milhas atrás, no quinto lugar, e preferem ver o Scallywag a ganhar a etapa e o ponto pela vitória, do que vê-lo para o Dongfeng ou Akzonobel, os seus maiores opositores na tabela da classificação geral. Depois, há ainda o facto de a navegadora do Scallywag, Libby Greenhalgh, ser irmã do Robert Greenhalgh, do MAPFRE.

"[Uma vitória para o Scallywag] seria boa para eles, mas também para nós", disse Greenhalgh. "Com um ponto de bónus disponível por ganhar a etapa, o melhor para nós era isso não acontecer ao Vestas ou ao Dongfeng. Estamos a apoiar o Scallywag por vários motivos. Vamos Scallywag! "

Os ventos alísios do nordeste, agora dominam a “cavalgada” para Hong Kong, limitando as opções táticas disponíveis para as equipas. Em vez disso, o foco está na velocidade pura do barco, cada tripulação está a tentar aumentar as médias nos últimos dias da 4ª etapa.

O Brunel, de Bouwe Bekking, pode estar no sexto lugar quase 220 milhas atrás do Scallywag, mas ainda não perdeu a esperança. "Não parece que existam muitas opções, para  além da velocidade - é  velejar ao vento apontando diretamente para a linha de chegada", disse Carlo Huisman. "Mas a moral está alta a bordo. Vamos continuar a navegar o mais rápido possível. "

O Turn the Tide on Plastic tinha mais do que apenas os relatórios de classificação para se preocupar, quando  o dessalinizador  - a máquina que remove o sal da água do mar para torná-lo potável - deixou de funcionar. A equipa voltou-se para Liz Wardley - apelidada de “Little Miss Fix It” pela skipper Dee Caffari - para resolver o problema. Ela rapidamente identificou uma parte corroída dentro do aparelho, e pouco tempo depois a tripulação teve novamente água fresca.

O último ETA (Hora Estimada de Chegada) para os líderes é sexta-feira UTC.

4ª etapa - Classificação geral - Segunda-feira 15 de janeiro (Dia 14) - 13:00 UTC

1- SHK/Scallywag - distancia até ao final - 1.702,04 milhas náuticas

2 - Vestas 11th Hour Racing +75,93 milhas náuticas

3 - AkzoNobel +93,92

4 - Dongfeng +94.89

5 - Mapfre +176,19

6 - Turn the Tide on Plastic +221,78

7 - Brunel +229,67