O atentado, no qual Bartra ficou ferido num pulso, ocorreu quando o autocarro ia a caminho do estádio do clube, a 11 de abril, antes da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões entre Borussia Dortmund e Mónaco, em Dortmund.

“A minha perceção do tempo mudou. Agora, desfruto da vida com mais intensidade. Senti quão rápido a vida pode sumir-se”, disse o jogador, em entrevista ao Sport Bild, publicada hoje.

Segundo Bartra, o maior receio da equipa, depois do atentado, que também feriu um polícia, era não se saber se já estava em segurança ou se iam ocorrer mais atentados.

“Senti uma onda de choque vinda de um lado. Comecei a ouvir os meus colegas a aconselharem que me deitasse imediatamente no chão. No início, paralisei. O meu braço escorria sangue”, contou o gaulês.

Segundo o futebolista do Borussia Dortmund, esteve “prestes a desmaiar” e só a intervenção de um fisioterapeuta do clube evitou que perdesse os sentidos.

“Esbofeteou-me uma ou duas vezes, lançou-me água na cara e gritava permanentemente para não adormecer. Tudo ocorreu em dez minutos, mas pareceram-me horas”, disse.

Segundo a policia, o presumível autor do atentado, identificado como Sergei W., agiu com interesses económicos, por ter apostado numa baixa de ações do clube e pretendia que estas caíssem abruptamente com o atentado.

“Odiá-lo seria dar-lhe demasiada atenção e, por isso, não o odeio. Para ele, eram indiferentes os ferimentos que podia causar às pessoas”, acrescentou o jogador.