Depois da derrota por 41-36 na primeira mão, o Benfica cedo mostrou não ter ‘rotação' para levar a melhor sobre o ‘motor’ germânico. Precisou de seis minutos para marcar o primeiro golo (Belone Moreira), já a equipa de Hannover tinha alcançado três.
Foi, precisamente, no capítulo defensivo que assentou o erro do Benfica. Marcar 33 golos foi excelente, mas sofrer outros tantos quando se precisa de vencer por seis tornou a tarefa impossível.
Aliado a isso, surgiram também os momentos em que os comandados de Carlos Resende ficaram em inferioridade numérica, situação que permitiu ao ponta esquerda do TSV Hannover-Burgdorf Lars Lehnoff destacar-se no marcador, acumulando, aos 24 minutos, cinco golos.
O Benfica bem tentou mexer, mas no seu todo, os jogadores foram incapazes de ombrear com os alemães, mais poderosos fisicamente.
Quando recompostos, a jogar sete contra sete, Evgeni Pevnov, pelo meio, um pouco descaído para a direita, permitia manter os ‘estragos', já que arrastava com ele dois jogadores ‘encarnados', fazendo sobressair Morten Olsen, o ‘coração' desta equipa.
Melhores no ataque organizado e com o resultado favorável, os comandados de António Carlos Perez limitaram-se a gerir o jogo, já que tinham percebido que dificilmente os lisboetas teriam capacidade para dar a volta.
A abrir a segunda parte, as forças pareciam mais equilibradas, com Pedro Seabra a evidenciar-se e a aproveitar os momentos de superioridade numérica. Mas, os germânicos nunca permitiram que o Benfica lhes causasse grandes dores de cabeça, mesmo quando, aos 45 minutos, apenas um golo separava as duas equipas.
Por via das dúvidas, Timo Kastening voltou a colocar o TSV Hannover-Burgdorf a vencer por dois golos. O mesmo aconteceu aos 50, com o mesmo interveniente a fazer a diferença para os alemães.
Ainda assim, Nuno Grilo, num livre de sete metros, conseguiu a igualdade (32-32), aos 28 minutos, antes de o ‘suspeito do costume' fazer o 33.º tento para os forasteiros. A um minuto do fim, novamente Nuno Grilo voltou a conseguir a igualdade (33-33), mas a Europa acabou ali para o Benfica.
O jogo foi realizado no Pavilhão n.º 2 do Estádio da Luz, em Lisboa.
Benfica - TSV Hannover-Burgdorf, 33-33.
Ao intervalo: 16-19.
Sob a arbitragem de Yaron Ben-Dan e Assaf Faran, de Israel, as equipas alinharam e marcaram:
- Benfica: Borko Ristovski, Pedro Seabra (6), Ricardo Pesqueira, Carlos Martins (2), Nuno Grilo (8), Alexandre Cavalcanti (3) e Fábio Vidrago (3). Jogaram ainda: Hugo Figueira, Davide Carvalho, João Pais (2), Belone Moreira (4), Paulo Moreno (4) e Ales Silva (1).
Treinador: Carlos Resende.
- TSV Hannover-Burgdorf: Martin Ziemer, Lars Lehnoff (8), Kai Häfner (7), Fabian Böhm (3), Morten Olsen (7), Ilija Brozovic e Timo Kastening (7). Jogaram ainda: Nejc Cehte (1), Joshua Thiele, Evgeni Pevnov e Hannes Feise.
Treinador: António Carlos Perez.
Marcha no marcador: 0-3 (05 minutos), 3-5 (10), 6-8, (15), 9-12 (20), 12-16 (25), 16-19 (intervalo), 19-22 (35), 21-23 (40), 24-25 (45), 25-26 (50), 30-31 (55) e 33-33 (final).
Assistência: cerca de 800 espetadores.
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