Assistiu-se a um jogo vivo e dividido, muito disputado a meio-campo e com escassas situações de perigo em ambas as áreas, mas no qual foi possível retirar ilações positivas sobre o desempenho defensivo da equipa, que permitiu uma tarde sossegada ao guarda-redes alemão Vlachodimos, que rendeu à última hora Svilar, que se lesionou no aquecimento.

O Benfica teve uma entrada forte no jogo, superiorizou-se no primeiro quarto de hora, mais rápido e preciso nas trocas de bola, a pressionar alto, e podia mesmo ter chegado ao golo aos 13 minutos quando Fejsa isolou Rafa, mas este, mais uma vez, falhou na hora de finalizar num lance de golo.

Quando Grimaldo aos 25 minutos foi à linha cruzar para o peito de Castillo na área e este de primeira isolou de novo Rafa, que adiantou demasiado a bola perdendo mais uma boa chance, já o Benfica tinha perdido intensidade e fulgor no jogo, permitindo ao Sevilha equilibrar as operações a meio-campo.

A verdade é que a partir daí o jogo desenrolou-se sobretudo a meio-campo, com a bola a chegar poucas vezes e em más condições às duas áreas, e só na segunda parte é que começaram a surgir desequilíbrios como no lance que originou o único golo da partida, aos 57 minutos.

Pizzi desmarcou Grimaldo à linha de fundo e este temporizou, à espera da entrada de Castillo ao primeiro poste, mas este demorou a lá chegar e quando o passe foi feito acabou por ser intercetado por um adversário que provocou o pontapé de canto que originou o único golo da partida.

Castillo esteve em largos períodos de jogo desapoiado na frente de ataque, mas quando teve uma oportunidade fez o que se pede a um ponta de lança, ao saltar no meio de dois defesas do Sevilha e cabecear a bola vinda de um pontapé de canto cobrado por Pizzi, para o fundo das redes.

De destacar o bom desempenho da defesa encarnada e coordenação entre os centrais Conti e Jardel e os laterais André Almeida e Grimaldo, que colocaram sucessivamente em posição de fora de jogo os avançados espanhóis.

No decurso da segunda parte, com as muitas alterações introduzidas, o jogo acabou por perder fluidez e tornar-se mais quizilento, com os jogadores a entrarem em picardias que causaram várias paragens.

Equipas:

- Benfica: Vlachodimos, André Almeida, Conti, Jardel, Grimaldo, Fejsa, Pizzi, Gedson, Salvio, Rafa e Castillo.

Jogaram ainda: Cervi, Rúben Dias, Zivkovic, Yuri Ribeiro, Alfa Semedo, Jonas.

Treinador: Rui Vitória.

- Sevilha: Vaclík, Nico Pareja, Amadou, Daniel Carriço, Correa, Roque, Mudo Vázquez, Arana, Nolito, Sarabia e Ben Yedder.

Jogaram ainda: Sergio Rico, Escudero, Marc Gual, Genaro Rodríguez, Corchia, San Emiterio, José Lara e Borja Lasso.

Treinador: Pablo Machín.

Árbitro: Lukas Fahndrich (suíço).

Ação disciplinar: cartões amarelos para Rúben Dias (73) e Roque Mesa (73).