O atleta, que fará 30 anos no próximo dia 21 de agosto, sagrou-se tricampeão olímpico dos 100 metros. Bolt venceu esta prova nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016, além dos Mundiais de Berlim-2009, Moscovo-2013 e Pequim-2015.

Este domingo, Bolt correu a final em 9,81 segundos, enquanto o norte-americano Justin Gatlin, com 9,89, conquistou a prata, depois de ter sido terceiro há quatro anos. A medalha de bronze foi para o canadiano Andre de Grasse, com 9,91.

Agora, o objetivo é sair vitorioso nos 200 metros e os 4x100 metros, provas que também venceu em Pequim-2008 e Londres-2012.

"É um bom começo para mim nos Jogos. Existirão sempre pessoas que duvidam da minha forma, mas estou melhor do que na temporada passada", disse, após a primeira vitória no Rio. "Alguém disse que sou imortal. Mais duas medalhas de ouro e poderei confirmar. Imortal", acrescentou.

Os Jogos Rio-2016 serão uma das últimas oportunidades para ver Bolt em ação. Em fevereiro 2015, o atleta anunciou que se iria afastar depois do Mundial de atletismo de Londres-2017. 

“No atletismo o cronómetro é o que decide”

Seja em 2017 ou mais tarde, Bolt será eternizado como a maior estrela do atletismo, à altura de Pelé no futebol, Mohamed Ali no boxe, Michael Phelps na natação ou Michael Jordan no basquetebol.

Mas o atletismo poderia ter perdido a Bolt, que na infância sonhava em ser jogador de críquete. "Quando eu era jovem, só pensava nesse desporto", contou.

Mas, aos doze anos, Bolt foi descoberto nos campeonatos estudantis da Jamaica, e tirou a ideia do críquete da cabeça. 

"Escolhi ser velocista, não só porque era o mais rápido na escola, mas também porque eu sabia que a política não podia interferir. Nos desportos de equipa conta a opinião dos outros sobre se és o melhor ou não, mas no atletismo o cronómetro é o que decide se és o mais rápido", explicou Usain Bolt, que também já sonhou em ser DJ e dançarino.

Apaixonado por música, dança e futebol, Bolt não fuma, não tem tatuagens e é solteiro. Pablo McNeil, o seu primeiro técnico na Jamaica, apelidou-o de Rayo Bolt, conta a AFP.

Bolt correu bastante em Trelawny, o povoado na Jamaica onde vivia com a família. Depois de perder o emprego numa indústria de café, o seu pai montou um pequeno estabelecimento comercial de alimentação.

Ali, a sua mãe, Jennifer, comia muitos doces durante a gravidez, o que gerou a piada familiar de que o açúcar contribuiu para a personalidade inquieta e sorridente do atleta. E, para já, Bolt tem muitos motivos para sorrir nestas Olimpíadas.