Bonmati, de 25 anos, conquistou a Liga dos Campeões com o emblema catalão e o Campeonato do Mundo com ‘La Roja’, e bateu a concorrência da compatriota Olga Carmona e da australiana Sam Kerr.

Além disso, a média espanhola já tinha sido eleita melhor jogadora da ‘Champions’ feminina e do Mundial, que decorreu recentemente na Austrália e Nova Zelândia.

Já Wiegman, que superou Jorge Vilda (Espanha) e Jonatan Giráldez (FC Barcelona), levou a Inglaterra à conquista do Europeu e à final do Campeonato do Mundo.

“É uma temporada que nunca esquecerei e quero compartilhá-la com todas as minhas companheiras. Sem elas, eu não estaria aqui”, disse inicialmente Bonmati, após receber o prémio na cerimónia que se realizou no Fórum Grimaldi, no Mónaco.

Apesar de nunca mencionar o nome de Luís Rubiales, presidente da federação espanhola, atualmente suspenso, a jogadora do FC Barcelona optou por abordar o caso à volta do dirigente e da histórica vitória no Campeonato do Mundo.

“Como sociedade não devemos permitir abuso de poder nas relações de trabalho ou falta de respeito, Estes não são tempos muito bons. Acabámos de ganhar um Mundial, mas não se fala muito sobre isso porque estão a acontecer coisas que eu não gostaria de deixar acontecer”, disse.

Esse tema também fez parte do discurso de Sarina Wiegman, que dedicou o prémio à seleção espanhola, equipa que derrotou precisamente Inglaterra na final do último Campeonato do Mundo (1-0).

“Gostaria de dedicar este prémio à seleção espanhola, uma equipa que jogou um grande futebol e de que toda a gente gostou. Devia ser um momento de festa, mas infelizmente não é isso que está a acontecer. Ainda há um grande caminho para percorrer no feminino”, frisou a treinadora de 53 anos.

Os vencedores dos prémios da UEFA são escolhidos por um júri composto por treinadores e jornalistas, após uma pré-seleção inicial dos nomeados ser feita pelo grupo de estudos técnicos da UEFA, de acordo com o seu desempenho.