Em declarações à Lusa, Ricardo Rio, eleito pela coligação PSD/CDS/PPM, explicou que a realização do referendo, que chegou a estar pensada para o primeiro trimestre de 2020, foi inviabilizada pela situação decorrente da pandemia da covid-19.
"Com esta situação, não havia condições para realizar o referendo num horizonte próximo, pelo que desistimos dessa ideia e vamos incluir a venda do estádio no nosso programa eleitoral para as autárquicas de 2021. Se ganharmos, teremos a legitimidade política necessária para avançar com o dossiê", sublinhou.
Ricardo Rio lembrou que a venda do estádio não fez parte do seu último programa eleitoral, pelo que o referendo local tinha sido o meio entretanto pensado para legitimar politicamente a iniciativa.
O Estádio Municipal de Braga foi construído na altura do Campeonato Europeu de Futebol de 2004, sendo um projeto assinado pelo arquiteto Souto Moura.
Para Ricardo Rio, o equipamento é "um fator de entropia" à gestão da autarquia, devido aos gastos que tem obrigado a realizar.
O autarca apontou que uma obra orçamentada em 65 milhões de euros já obrigou a gastar 165 milhões, entre derrapagens e condenações judiciais, sendo que a fatura poderá ainda passar os 192 milhões.
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