Em prova já não há surpresas, pois acompanham os dinamarqueses (39-38 ao Egito) para o quarteto final a Espanha (31-26 à Noruega), a França (35-32 à Hungria) e a Suécia (35-23 ao Qatar), todos eles antigos campeões do mundo.
Mesmo sem público nas bancadas, no Cairo, era evidente que o Egito estava muito motivado no torneio e que preparou de forma primorosa a sua equipa. Contra a Dinamarca, fez o seu melhor jogo e por muito pouco mesmo falha o apuramento.
Após 28-28 no tempo regulamentar, as seleções chegaram ao fim do primeiro prolongamento com 34-34 e ao fim do segundo com 35-35. Nos ‘penáltis’, os nórdicos concretizaram quatro e os norte-africanos só três.
Mikkel Hansen (dez golos no jogo) e o guarda-redes Niklas Landin comandaram bem a equipa dinamarquesa, que chegou a ter três golos de avanço ao intervalo, mas não descolou daí, permitindo aos ‘faraós’ reentrar na luta.
O Egito esteve mesmo perto da surpresa, liderando por 28-27 no último minuto, para depois consentir o empate, por Magnus Landin, a menos de 30 segundos do som de fim de partida.
O final do primeiro prolongamento também foi dramático: a Dinamarca pensava ter o jogo ganho, por 34-33, mas, já depois da campainha, os árbitros visionaram o vídeo e castigaram uma falta de Mikkel Hansen a dois segundos do fim com cartão vermelho e livre de sete metros.
Com o empate de novo no marcador, o Egito adiantou-se mais uma vez. Não era ainda o desfecho da partida, pois que Magnus Landin ‘obrigou’ ao desempate por remates dos sete metros, onde os atuais campeões foram mais eficazes.
O próximo adversário da Dinamarca será a Espanha, bicampeã da Europa, que afastou de forma muito clara a vice-campeã mundial da última edição. Sem deslumbrar – longe disso -, os espanhóis seguem um caminho ainda assim em crescendo, após um empate inicial com o Brasil.
A Noruega, com quem Portugal ‘discutiu’ esta vaga nos oitavos de final, teve hoje a sua estrela Sander Sagosen abaixo do nível habitual, enquanto que a Espanha foi sempre mais homogénea, apresentando Alex Dujshebaev como melhor marcador, com oito golos.
A França, equipa mais titulada de sempre e campeã nas duas edições anteriores à ganha pela Dinamarca, teve de ir a prolongamento para superar uma muito jovem, mas talentosa, equipa húngara.
Os húngaros ganhavam 14-12 ao intervalo e o tempo regulamentar encerrou com 30-30. No prolongamento, as coisas finalmente penderam para os franceses, que somaram mais cinco golos, contra apenas dois da Hungria.
Menos habituada a presenças nas meias-finais nos últimos anos está a Suécia, mas tem igualmente um palmarés impressionante, com quatro títulos mundiais, quatro europeus e quatro medalhas de prata olímpicas.
Perante o ‘outsider’ Qatar, conseguiram o resultado mais desnivelado da ronda, com 35-23, após 14-10 ao intervalo.
O catarense Frankis Carol, atleta do Sporting, anotou mais cinco golos e fecha o Mundial com 58, ficando a um passo de se sagrar melhor marcador do torneio. Atrás dele está o norueguês Sander Sagosen, com 54 golos, e o chileno Erwin Feuchtman, com 49, que também não voltam a jogar.
Dos jogadores ainda em prova, e com três jogos por disputar, os melhores são o sueco Hampus Wanne, com 37, e o dinamarquês Mathias Gidsel, com 34.
Já com todos os lugares atribuídos entre os quinto e 32.º lugares, as meias-finais jogam-se na sexta-feira no Cairo, primeiro o França-Suécia e depois o Espanha-Dinamarca.
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