A PSP está a investigar o caso e a mesma fonte admitiu que entre os suspeitos podem estar elementos das claques do Benfica devido ao teor das mensagens, de acordo com a agência Lusa.
"Estás avisado", escreveram no muro da casa de Pizzi, entre outras ofensas.
O clube viria mais tarde, em comunicado, esclarecer que além de Pizzi, os outros visados foram o treinador Bruno Lage e os jogadores Rafa e Grimaldo. Segundo o Observador, todos eles já apresentaram queixa, a par daquilo que o Benfica já tinha feito na noite anterior devido ao ataque ao autocarro dos encarnados.
Ainda de acordo com aquela fonte, a "PSP já começou a identificar alguns dos indivíduos ligados ao ataque ao autocarro, bem como às inscrições nas casas de jogadores e treinador". A par, adianta também que a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou a instauração de um inquérito a todos os acontecimentos e que o processo se encontra em investigação.
Numa declaração assinada por Luís Filipe Vieira, "o Sport Lisboa e Benfica manifesta o seu total apoio e solidariedade para com o nosso treinador Bruno Lage e os nossos jogadores Rafa, Pizzi e Grimaldo, vítimas, esta madrugada, da vandalização das suas residências privadas com diversas inscrições intimidatórias e ameaçadoras", pode ler-se.
O presidente do Benfica explicou que foi dado conhecimento da situação às autoridades e que já foram apresentadas queixas, apelando ao "máximo de rigor e exigência na identificação e punição exemplar dos responsáveis por estes atos delinquentes".
"O Sport Lisboa e Benfica reitera o seu profundo repúdio e condenação por estes comportamentos inaceitáveis e inqualificáveis, a que recorrentemente temos assistido no futebol português, e que deverão ser tratados com total intransigência por parte das entidades competentes”, conclui a nota assinada pelo presidente dos ‘encarnados".
Também na mesma declaração foi colocada uma galeria com as fotografias que o Benfica faz "questão de revelar para denunciar publicamente estes atos de vandalismo".
Benfica quer punição exemplar para "deliquentes" que "estão a mais no futebol"
"Em todos estes casos, sem exceção, importa e exige-se que as autoridades atuem com o máximo rigor, e identifiquem e punam os responsáveis destes atos criminosos, verdadeiros delinquentes que devem ser erradicados do futebol e que mancham a imagem de todos os clubes sem exceção. Estão a mais no futebol e devem ser punidos de uma forma exemplar", defendeu o Benfica, na sua ‘newsletter’ diária.
Na quinta-feira, o autocarro da equipa do Benfica foi apedrejado à saída da A2, quando se dirigia para o centro de estágios do clube, no Seixal, depois do empate 0-0 na receção ao Tondela, em jogo da 25.ª jornada da I Liga, e os jogadores Weigl e Zivkovic foram transportados para um hospital de Lisboa, por terem sido atingidos com estilhaços.
"São situações que se têm repetido com maiores ou menores consequências, sendo a mais grave, recorde-se, a que vitimou o nosso adepto Bruno Simões quando o autocarro de adeptos do Benfica foi apedrejado no regresso a Barcelos, após um Benfica-Sporting de Braga, na Luz", refere o clube ‘encarnado’ no texto.
Em 23 de dezembro de 2018, o adepto do Benfica ficou gravemente ferido, após o autocarro em que seguia ter sido alvo do arremesso de objetos, na A1, na zona de Vila Nova de Gaia, na viagem para Barcelos, depois do triunfo ‘encarnado’ por 6-2 frente aos bracarenses, em Lisboa.
Na quinta-feira, o Benfica assumiu a liderança da I Liga, com os mesmos pontos do FC Porto, apesar do ‘nulo’ na receção ao Tondela, naquele que foi o primeiro jogo dos ‘encarnados’ depois da suspensão da competição devido à pandemia de covid-19, em 12 de março.
Já durante a manhã de hoje, Weigl e Zivkovic publicaram uma fotografia em conjunto, dizendo estarem bem.
Além do incidente com o autocarro da equipa de futebol, também as casas de alguns futebolistas do clube foram grafitadas com ameaças na noite de quinta-feira, disse hoje à agência Lusa fonte oficial da Polícia de Segurança Pública.
* Com agências
(Notícia atualizada às 20:49)
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