“Há 16 anos que sou ciclista profissional, participei em 13 Voltas a França, no Giro, na Vuelta. Percorri centenas de milhares de quilómetros em França e em todo o mundo. Teria adorado que a aventura continuasse um pouco mais, mas o destino decidiu de outra forma, e anuncio-vos que vou colocar um ponto final na minha carreira”, revelou o experiente corredor de 36 anos, num vídeo publicado nas redes sociais.

Vencedor de duas etapas no Tour, uma das quais no mítico Alpe D’Huez (2011), e uma no Giro, no qual foi quarto classificado em 2014, Rolland destacou-se pela valentia dos seus ataques e pela classe em cima e fora da bicicleta, sendo um dos ciclistas favoritos dos franceses.

O francês, que começou o seu percurso profissional na Crédit Agricole (2006) e cumpriu quase toda a sua carreira em equipas nacionais — a exceção foram os anos na Cannondale (2016-2018) -, tinha prolongado o seu vínculo com a B&B Hotels-KTM por mais uma temporada, até ao final de 2023.

No entanto, o ‘colapso’ do projeto de Jérôme Pineau, cuja ‘fantasia’ de levar a formação francesa ao WorldTour acabou por condená-la, forçou Rolland a antecipar a reforma.

O veterano, que foi oitavo classificado no Tour2012 e 10.º nas edições de 2011 e 2015, era um dos 20 ciclistas, entre os quais se inclui também o britânico Mark Cavendish, que tinha contrato com a B&B Hotels-KTM para a próxima época.

Na semana passada, Pineau assumiu finalmente que a equipa não tem condições para ir para a estrada em 2023, deixando ciclistas e ‘staff’ no desemprego a menos de um mês do início da nova época e quando as demais formações já têm os plantéis (e orçamentos) fechados.