“Espero que aqueles que me conhecem confiem em mim quando digo que estou inocente e que os meus colegas e fãs do ciclismo em todo o lado não me julguem demasiado rapidamente neste momento tão difícil”, pediu André Cardoso, numa mensagem publicada na rede social Facebook.

De acordo com a União Ciclista Internacional (UCI), o português, de 32 anos, foi alvo de um controlo fora de competição em 18 de junho, levado a cabo pela Fundação Antidoping do Ciclismo e que revelou a presença de eritropoietina (EPO), ficando de imediato suspenso.

“Recebi hoje a notificação da UCI que a minha amostra A, proveniente de um teste de urina recolhida na minha casa em 18 de junho deu resultado positivo por eritropoietina (EPO). Tenho solicitado à UCI que a minha amostra B fosse testada logo que possível”, escreveu André Cardoso.

O ciclista português estava convocado pela Trek-Segafredo para participar na Volta a França (01 a 23 de julho), na qual iria tentar ajudar o espanhol Alberto Contador a conquistar a vitória.

“Acredito no ‘desporto limpo’ e a minha conduta foi sempre de ‘atleta limpo’, mas percebo que esta notícia coloque uma nuvem negra não apenas sobre mim, mas também sobre o nosso desporto e sobre a minha equipa, colegas e 'staff'. Antes de mais nada, estas pessoas são meus amigos e colegas, por quem eu tenho um respeito ilimitado e em circunstância alguma iria fazer algo que poderia colocar a eles, às suas famílias ou às suas reputações em risco”, garantiu.

André Cardoso disse estar “devastado com esta notícia” e reforçou que “nunca” tomou quaisquer substâncias ilegais.

“Eu próprio vi diretamente ao longo da minha carreira os efeitos terríveis que as substâncias dopantes tiveram sobre o nosso desporto, e eu nunca iria querer ser parte disso. Sempre tentei ser uma influência construtiva no pelotão e nos jovens aspirantes a ciclistas. Tenho a grande esperança que a amostra B dará resultado negativo, ilibando-me de qualquer infração”, escreveu.