Sérgio Conceição, que confirmou a ausência de Fábio Cardoso devido a lesão, para além dos castigados Pepe e João Mário, confessou ter sentido necessidade de alterar a rotina diária da equipa.
“Alguns jornalistas sabem que tivemos aqui sessões bidiárias nos dois dias pós-Vitória. Gosto de enfrentar os problemas, não posso esconder debaixo do tapete, as coisas têm de ser faladas. Não podemos andar aos beijinhos. Consoante o momento vamos ajustando o nosso treino, se é bidiário ou não. Pagam-me para isso, para tirar a equipa de uma situação menos positiva e para dar a volta, para voltarmos a ser uma equipa alegre, para termos os resultados positivos que queremos”, salientou em conferência de imprensa.
O FC Porto vem de duas derrotas seguidas no campeonato, frente a Estoril Praia e Vitória de Guimarães, com Sérgio Conceição a elogiar o trabalho desempenhado pelo técnico recém-chegado Armando Evangelista, bem como o plantel famalicense.
“Espero um Famalicão à imagem do que tem sido esta época. Um Famalicão sempre competente, a fazer um campeonato do que perspetivou, com certeza. Analisámos os últimos dois jogos, que têm a ver com este novo treinador. O plantel é bem apetrechado, com jogadores com qualidade, vamos defrontar uma boa equipa do nosso campeonato”, referiu.
Sérgio Conceição comentou ainda o que tem acontecido nas partidas anteriores do FC Porto, nomeadamente os momentos de descontrolo emocional que levaram a expulsões, como a de Pepe na derrota frente ao Vitória de Guimarães.
“São as tais situações que acontecem e por vezes é difícil os jogadores manterem a calma e a confiança. A irritação só nos prejudica e os jogadores têm de entender isso, apesar de não ser fácil. O Pepe descontrolou-se, mas também é preciso dizer que vão passar muitos anos até haver outro Pepe, alguém tão competente e competitivo, que já ganhou três ‘Champions’ e consegue, contra o Estoril, estar tão ligado e dentro do jogo. Pode cometer um excesso, mas o que enche páginas de jornais tem a ver com isso e não com aquilo que o Pepe é. Isso deixa-me frustrado”, afirmou.
O técnico aproveitou ainda a ocasião para tecer algumas críticas às arbitragens, ainda assim, centrou na sua equipa a incapacidade de conseguir dar a volta aos momentos menos bons.
“O principal perigo para nós é tudo o que vem da nossa equipa e as incidências do próprio jogo. Não temos tido muita sorte com algumas situações dos jogos. Houve uma ou outra infelicidade da terceira equipa, que não assinalou lances evidentes que mudariam os jogos. E não falo mais senão levo outro processo. Somos a penúltima equipa do campeonato em tempo útil de jogo. Não é normal. Nós queremos ganhar os jogos, temos 60 ou 70 por cento de posse de bola. Houve alguma infelicidade na condução dos jogos da nossa parte, com as tais situações. Não temos tido mérito de dar a volta por cima”, referiu.
O FC Porto, terceiro classificado, com 58 pontos, recebe no sábado, às 18h00, no Estádio do Dragão, o Famalicão, em oitavo lugar, com 34, numa partida da 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol que será arbitrada por Gustavo Correia, da associação do Porto.
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