“Não tem de dar mais motivação nem atrapalhar. É o que é. Temos uma meia-final para jogar e queremos muito estar presentes mais uma vez na final. Esse é o nosso objetivo. Vamos preparar este jogo como se fosse o último da época e no máximo. Tentaremos fazer um bom resultado, sabendo que ainda há uma segunda mão em casa, mas nunca gerindo ou criando algum facilitismo”, assinalou o técnico, em conferência de imprensa.
Os atuais detentores do troféu tentam alcançar pela 33.ª vez a final da Taça de Portugal, que já arrebataram por 18 ocasiões, enquanto os minhotos estão a repetir as prestações de 1945/46 e 2019/20, procurando agora um inédito apuramento para a partida decisiva.
“Não queremos desvalorizar nenhuma competição. O campeonato é o principal objetivo, sem dúvida, mas a segunda meta nas provas internas é a Taça de Portugal. Temos dois títulos para conquistar e há que tentar fazer tudo. Isso passa por ganhar todos os jogos. Não há dificuldade para mim, até porque ando sempre no máximo a nível emocional, no sentido de estar com grande vontade de competir. É a mesma coisa com os jogadores. Muitos deles já me acompanham há anos e sentimo-nos bem em partidas de grande pressão e nos momentos decisivos, que são dos grandes clubes e jogadores”, admitiu.
O FC Porto vai entrar para as cinco rondas finais da I Liga na segunda posição, com 70 pontos, a quatro do líder Benfica, estando numa série de quatro vitórias e oito jogos sem perder em todas as competições, enquanto o Famalicão está no sexto lugar, que ainda pode dar acesso às competições europeias, após sete êxitos nas últimas nove jornadas.
“O Famalicão está a fazer uma segunda volta muito acima da média no campeonato e já chegou pela segunda vez nos últimos três anos às meias-finais da Taça de Portugal. O [treinador] João Pedro Sousa tem feito um trabalho excelente à frente desta equipa, que me parece estar apetrechada de jogadores muito interessantes, bem organizados e que conhecem os diferentes momentos do jogo de uma forma muito capaz. Temos de estar muito atentos, porque vai ser uma eliminatória muito difícil”, advertiu Sérgio Conceição.
Além da segunda mão da prova ‘rainha’, em 04 de maio, no Estádio do Dragão, no Porto, os ‘azuis e brancos’ irão voltar a atuar em Vila Nova de Famalicão 16 dias depois para a 33.ª e penúltima ronda da I Liga, depois do êxito logrado na primeira volta (4-1, na 16.ª).
“O Famalicão fez muito mais a nível de conteúdo para que o resultado não fosse esse. É uma formação interessante com bola, que ganhou alguma agressividade no meio-campo com o Zaydou Youssouf. O Ivo Rodrigues surge por dentro, atrás do Jhonder Cádiz, que está num excelente momento e é bom finalizador. O Iván Jaime também vem muito bem para dentro e o Francisco Moura tem um andamento incrível no corredor esquerdo. Pela direita, o [Alexandre] Penetra é um bocadinho menos ofensivo, mas também interessante com bola. Temos de estar preparados para histórias diferentes nestes três jogos”, frisou.
João Mário continua lesionado e vai desfalcar as opções de Sérgio Conceição, que, nas últimas cinco épocas, conduziu o FC Porto a três finais da Taça de Portugal, com duas vitórias (2019/20 e 2021/22) e uma derrota (2018/19), ficando duas vezes pelas ‘meias’.
“Não é poupar, mas olhar para os jogadores e perceber quem está melhor nos diferentes parâmetros que são importantes para competir. Dou um exemplo: se o Evanilson ainda não está fisicamente a 100%, ao contrário do Danny Loader ou do Toni Martínez, não se trata de uma questão de poupar o Evanilson¸ mas de jogar quem está melhor”, concluiu.
FC Porto e Famalicão medem forças na quarta-feira, às 20:30, no Estádio Municipal de Famalicão, na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, com arbitragem de Gustavo Correia, da associação do Porto, uma semana antes do reencontro no Dragão.
O vencedor vai defrontar o primodivisionário Sporting de Braga ou o Nacional, da II Liga, na final da prova, prevista para 04 de junho, no Estádio do Jamor, em Oeiras, sendo que os ‘arsenalistas’ defendem hoje uma vantagem folgada de 5-0 obtida na Madeira.
Comentários