Segundo Proença, este posicionamento é feito “com espírito altruísta”, para que o futebol possa “contribuir para a sensibilização da população portuguesa na necessidade desta ação”, para que “o país caminhe até à imunidade de grupo”.
“Mantemos as reuniões frequentes com o Governo sobre o regresso do público e, sabendo que esta é uma realidade distante de acontecer no imediato, estamos já a preparar a Retoma dos adeptos para o arranque de 2021-22, numa altura em que a vacinação estará mais adiantada. Percebendo os vários dilemas com que se depara o senhor primeiro-ministro, continuo sem entender que o país desconfine, mas ao futebol não seja dada essa oportunidade”, criticou.
Num artigo sobre a “liberdade do futebol português”, publicado no 25 de abril, o dirigente lembrou o “ano completamente atípico” que deixou danos financeiros e económicos que “continuam por apurar”.
Lembrando o peso da indústria na economia portuguesa, Proença destacou um aumento de postos de trabalho nas sociedades desportivas e na Liga, para 3.163 empregos, no quinto ano seguido com resultado líquido positivo nas contas da LPFP.
Continuando a toada de apelos ao Governo, Pedro Proença lembra que o futebol profissional poderá ter, como projeção e estimativa, uma quebra de receitas na ordem dos 32% “e resultados negativos para as sociedades desportivas de 270%, correspondendo a menos 137,2 milhões de euros”.
“Exigimos, por isso, ao Governo que olhe para o futebol com outros olhos, não só pela testagem em massa, mas também pelos incentivos financeiros que a indústria necessita, para fazer face ao caos da pandemia. Têm que ser dados passos nesse sentido”, alertou.
Proença recorda, num longo texto publicado na página ‘online’ da LPFP, uma série de outros pedidos ao executivo, realçando ainda o novo patrocinador de ‘naming’, assinado até 2026.
“Conseguimos também ter o apoio e imposição do Governo em centralizar os direitos audiovisuais, uma batalha pela qual, estarão recordados, lutamos desde a primeira hora”, disse, remetendo para um acordo entre Liga e Federação Portuguesa de Futebol para acontecer antes de 2028/29.
O dirigente apelida a Superliga Europeia de “bizarra” e os seus promotores de “pseudo-iluminados”, assume o interesse da Liga portuguesa em entrar no grupo das cinco grandes Ligas europeias (Espanha, Inglaterra, França, Alemanha e Itália) e lembra que está a estudar a possibilidade de reajustar o calendário face ao Mundial2022, mas também ao novo modelo da Liga dos Campeões a partir de 2024.
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