Foi no quarto ano com a camisola do Manchester United e como até aí já tinha nos tinha habituado: Cristiano Ronaldo estava encostado à lateral, levou a bola ao meio, tirou o adversário da frente, sempre com a bola colada ao pé direito, e rematou com força e de forma cirúrgica ao canto inferior direito.

Podia ser só mais um golo do português no Manchester United, mas não era. Aquele golo diante da AS Roma nos quartos-de-final da Liga dos Campeões da temporada 2006/07 foi o prefácio de um recorde, de uma série de golos que levou Ronaldo a tornar-se no melhor marcador da história da competição.

Com os Red Devils foram 15, com o Real Madrid  foram 105 e com a Juventus, até agora, quatro os golos marcados na 'Champions League'. No total foram 124 as vezes que CR7 fez abanar as redes. São mais 16 golos que Lionel Messi, mais 53 que Raúl González, lenda merengue que durante muitos anos liderou este top.

Esta quarta-feira, contra muitas previsões, Cristiano Ronaldo vai entrar em campo para defrontar o Ajax, com as cores da vecchia signora, depois de uma recuperação heróica de uma lesão contraída ao serviço da seleção portuguesa num encontro diante da Sérvia, a contar para a qualificação para o Euro 2020. E em dia de celebração deste histórico golo, as estatísticas não esquecem que é também o avançado português quem marca nos quartos da competição. Foram 23 no total.

Para além dos golos, dois naquele jogo e três naquela edição, CR7 não quererá repetir a prestação da sua equipa na temporada 2006/07, uma vez que na eliminatória seguinte, frente ao AC Milan, a turma de Manchester saía de competição.