A iniciativa promovida pela Associação Portuguesa de Surf Adaptado e pela Federação Portuguesa da modalidade começou na quinta-feira, podendo as contribuições serem feitas através do endereço https://ppl.pt/causas/sergio até as 18:00 de 13 de março.
Na página criada e denominada “O Sérgio precisa de nós” está descrita a situação vivida pelo praticante da modalidade desde os 25 anos: “Foi logo na primeira onda da sessão. Fui ao lip da onda para fazer um rollo, mas falhei o ‘timing’ e vim com a onda para baixo. Caí mal e o impacto deixou-me logo inconsciente. Felizmente, estava lá um surfista que era médico anestesista e socorreu-me de imediato. Depois fui conduzido para o Hospital de São João, onde trabalho e recebi, inicialmente, o melhor tratamento possível”, conta Sérgio.
O acidente ocorreu no dia 9 de outubro e provocou-lhe “a fratura da C4”, conta o próprio num dos vídeos na página.
Após ter sido operado foi, primeiro, transferido para o Hospital de Valongo, que pertence ao Hospital de São João, onde recebeu tratamento médico especializado em medicina de reabilitação física e, depois, para o Centro de Reabilitação do Norte, em Vila Nova de Gaia, onde ainda se encontra internado, lê-se ainda na informação disponível.
Atualmente, e isso é visível num segundo vídeo, Sérgio Magalhães cumpre “intensivamente com a reabilitação física de que necessita, visando adaptá-lo, o melhor possível, a uma vida futura extremamente dependente”.
À Lusa, o pai do antigo praticante de bodyboard esclareceu que o “prognóstico atual, depois da intervenção cirúrgica, no São João, e da fisioterapia e reabilitação física, em Valongo e em Francelos, passa por uma vida em cadeira de rodas, com a possibilidade apenas de pequenas deslocações apoiado”.
Os 15.000 euros correspondem ao orçamento para adaptar a casa que, entretanto, alugou, à sua nova situação de profunda deficiência (6.000), rampas de acesso (1.000), cadeira de rodas (3.000) e ainda 5.000 euros para cama articulada, cadeira de banho, acessórios da casa de banho e andarilho, descreveu.
Até às 15:00 de hoje a campanha angariou 7.547 euros, lê-se na página, onde é também destacado que o “restante valor angariado além dos 15.000 euros descritos nos itens anteriores será canalizado para eventuais tratamentos e cirurgias ortopédicas (em Barcelona e nos EUA)”.
Segundo Nuno Vitorino, fundador do movimento de surf adaptado e ele próprio tetraplégico, o próximo passo é lógico, mas trabalhoso: “temos de preparar o Sérgio para a próxima fase da vida dele e toda a ajuda será pouca para o conseguir”, lê-se na publicação.
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