“Não me arrependo. Estou entusiasmado, porque quero participar na Liga chinesa e desfrutar de uma nova experiência. Além do mais, asseguraram a minha segurança e que vamos trabalhar em Espanha até que a situação se mantenha na China”, disse o central luso à imprensa espanhola.

Daniel Carriço assinou pelo Wuhan Zall, do principal escalão chinês, no último mercado de ‘inverno’, após seis temporadas e meia ao serviço do Sevilha.

O jogador, de 31 anos, está integrado na equipa do Wuhan Zall que se encontra a estagiar em Espanha desde o final de janeiro e impossibilitada de regressar à China, devido ao surto de Covid-19 no país.

“Tive algumas dúvidas no início, quando começámos a negociar a transferência. Não se sabia nada. Apenas que havia um novo vírus na China. No entanto, a equipa técnica assegurou-me que não regressariam à China enquanto a situação se mantivesse na China, sobretudo em Wuhan”, revelou.

Carriço deseja que a Liga chinesa, que se encontra suspensa, recomece “o mais rapidamente possível” e admitiu que os colegas de equipa estão a passar um momento complicado, uma vez que “muitos têm familiares fechados em casa”.

Os jogadores do Wuhan foram recebidos na sede da Liga espanhola de futebol e vão assistir ao vivo ao clássico Real Madrid-FC Barcelona, que se disputa hoje, no Santiago Bernabéu.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.916 mortos e infetou mais de 84 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 57 países e territórios.

Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

Além de 2.835 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão com confirmação de infeção.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) registou 59 casos suspeitos de infeção, dois dos quais ainda estavam em estudo na sexta-feira.

Os restantes 57 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.

A DGS manteve na sexta-feira o risco da epidemia para a saúde pública em “moderado a elevado”.

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