A antiga jogadora da seleção inglesa de futebol feminino e comentadora da BBC, Alex Scott, utilizou durante uma emissão em direto, a partir do relvado do Khalifa International Stadium, antes do Inglaterra - Irão, a braçadeira 'One Love' que a FIFA proibiu os jogadores de utilizar dentro de campo, ameaçando sanções desportivas aos respetivos capitães que a usassem e que, segundo vários meios, se traduziriam na admoestação de um cartão amarelo.
Esta posição da FIFA levou a que, hoje, sete federações europeias - Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos e Suíça - que pretendiam utilizar no Qatar uma braçadeira inclusiva, contra a discriminação, renunciassem ao seu uso.
“A FIFA foi muito clara, irá impor sanções desportivas se os capitães usarem as braçadeiras em campo. Como federações nacionais, não podemos pedir aos nossos jogadores que arrisquem sanções desportivas, incluindo cartões amarelos”, indicaram as sete Federações, num comunicado conjunto que dispensaram os seus capitães do uso da braçadeira, face à possibilidade de serem penalizados, mas referiram estar “frustrados” com a inflexibilidade demonstrada pela FIFA.
O capitão de Inglaterra, Harry Kane, acabou por utilizar a braçadeira da campanha “Não à discriminação”, da FIFA. O organismo máximo do futebol mundial explicou que a mesma está em consonância com os regulamentos de equipamentos que estipulam que cada capitão usará a braçadeira por si homologada.
“A FIFA é uma organização inclusiva, que pretende colocar o futebol ao serviço da sociedade, apoiando as boas e legítimas causas, mas tal deve ser feito em sintonia com as regras da competição, que todos conhecem”, justificou o organismo.
Alex Scott pendurou as botas em 2018, depois de 48 internacionalizações pela seleção principal de Inglaterra. A defesa, que representou o Arsenal durante grande parte da carreira, soma ainda uma Liga dos Campeões no palmarés, uma liga inglesa, cinco Taças de Inglaterra e três Supertaças inglesas.
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