Na véspera da final frente à Argentina no Qatar, o líder da atual campeão do Mundo referiu que a França tem procurado controlar a situação da melhor forma possível, depois de vários jogadores serem afetados por um vírus, que provoca febre, dores de estômago e de cabeça.

Os primeiros a apresentarem sintomas foram Rabiot e Upamecano, levando a que falhassem mesmo o jogo das meias-finais com Marrocos, mas entretanto já recuperaram, com o selecionador a ver outros três jogadores afetados, casos de Coman, Varane e Konaté, com os dois últimos a falharem o treino de sexta-feira.

“Tratamos de controlar da melhor forma possível as diferentes situações. Vamos ver como evoluem os afetados e vamos estar prontos para o jogo que nos espera”, disse o selecionador, na conferência de antevisão da final.

Deschamps explicou que a chave é a seleção francesa conseguir adaptar-se às diferentes situações que tem enfrentado, lembrando os casos das lesões de Benzema, antes do início da prova, e de Lucas Hernández, que se lesionou na primeira partida da competição.

“Temos vindo a superar imponderáveis, com vários lesionados, e temos avançado. Agora estamos na final e estamos prontos para a disputar. Mas acredito que o meu colega argentino também tem enfrentado os seus problemas, cada um tem as suas situações”, salientou.

O selecionador francês explicou que as horas antes de uma final são sempre diferentes, mas acredita na experiência dos seus jogadores para “controlar melhor a ansiedade”.

“O essencial é manter a serenidade. A Argentina já jogou com seis equipas diferentes e com seis sistemas diferentes, já analisámos o que têm feito, mas mesmo assim é possível que façam algo novo contra nós”, referiu, explicando que o avançado Mbappé, a principal figura da equipa, está bem e concentrado na final.

Em relação ao avançado Karim Benzema, que abandonou o grupo devido a lesão antes do arranque do Mundial, mas que entretanto já está recuperado, o selecionador descartou a sua presença na final.

“Tenho jogadores que se lesionaram antes, e o Karim [Benzema] é um deles. O último foi o Lucas Hernández. Desde então, tenho 24 jogadores e foi neles que me centrei. Colocar uma questão sobre esses é estranho. Tínhamos um grupo no início e perdemos três. Fizeram parte do início desta aventura, mas amanhã [domingo] seremos 24", defendeu.

O guarda-redes Hugo Lloris também esteve presente na conferência de imprensa e garantiu que a equipa quer escrever a sua história.

“Messi é um grande jogador, todos sabemos o que representa para a história deste desporto, mas num França-Argentina existem mais jogadores e nós queremos escrever a nossa própria história”, defendeu.

O capitão da seleção francesa, que representa os ingleses do Tottenham, espera um adversários “organizado, forte fisicamente e agressivo sobre a bola”.

A França e a Argentina disputam no domingo, pelas 18:00 locais (15:00 em Lisboa), no Estádio de Lusail, a final do Campeonato do Mundo de futebol, que se disputa no Qatar, num jogo que será dirigido pelo polaco Szymon Marciniak.