Frauke Köhler, porta-voz do Ministério Público federal alemão, disse esta quarta-feira em conferência de imprensa que foi detido um de dois suspeitos de estarem envolvidos nas explosões contra o autocarro do Borussia de Dortmund, na passada terça-feira.

A mesma fonte explicou que o atentado à bomba contra o autocarro da equipa de futebol do Borussia - antes do jogo da Liga dos Campeões contra os franceses do Mónaco - foi reivindicado por um grupo de extrema esquerda, mas que os investigadores apontam mais para a teoria de que se tratou de um ataque de ´jihadista` islâmicos.

Köhler confirmou que foram encontrados no local três textos que apontam precisamente para a pista do ´jihadismo`. Um dos textos, disse, exige a retirada dos caças-bombardeiros alemães Tornado de uma das bases na Turquia e o fecho da base aérea norte-americana de Ramstein, em território alemão.

A credibilidade destes textos está a ser avaliada, acrescentou.

A porta-voz explicou que os apartamentos de ambos os suspeitos já foram revistados pela polícia. Por outro lado, Frauke Köhler disse que as autoridades têm "dúvidas substanciais" quanto à reivindicação feita por um grupo de extrema-esquerda.

A equipa do Borussia Dortmund estava a caminho do encontro dos quartos de final da Liga dos Campeões frente o Mónaco, no Signal Iduna Park, na Alemanha, quando o autocarro da equipa alemã foi atingido por três explosões, resultando em dois feridos, o defesa central espanhol Marc Bartra e um polícia.

Os meios de comunicação alemães, citando fontes não identificadas, disseram que uma nota foi encontrada na zona das explosões e que continha uma retórica radical islâmica, mas a polícia não tem a certeza se é genuína.

O autocarro foi atingido perto do hotel onde os jogadores se encontravam concentrados, no subúrbio de Dortmund, e a polícia acredita que foi um ataque direcionado.

O jogo foi adiado para esta quarta-feira e terá a segurança reforçada.

[Notícia atualizada às 13h53]