No verão de 2017 Diego Costa recebeu uma mensagem do seu treinador, Antonio Conte, via telemóvel: “Olá, Diego, espero que esteja tudo bem contigo. Obrigado pela temporada que passamos juntos. Boa sorte para o próximo ano, mas não entras nos meus planos”.

De um momento para o outro, o melhor marcador do Chelsea tinha sido dispensado. A solução mais falada, na altura, foi o Atlético de Madrid, clube que o hispano brasileiro representou entre 2012 e 2014 e que o lançou para o estrelato mundial. Mas havia um problema: o emblema madrileno estava impedido pela FIFA de contratar novos jogadores até ao dia 1 de janeiro de 2018.

O negócio acabaria por se concretizar, mas com esse embargo latente e Costa ficou durante 6 meses sem jogar. Agora, de volta a Espanha, o seu regresso não poderia ter sido mais… à Diego Costa. Em quatro dias fez dois jogos, marcou dois golos, apanhou um valente susto com o joelho, foi expulso e teve vários ‘mano a mano’ com adversários.

03.01.2018

I Capítulo: Voltar, chegar… e marcar

Ao minuto 64 do jogo entre o Lleida e o Atlético Madrid, a contar para a primeira mão dos oitavos-de-final da Taça do Rei, Diego Costa entrou para o lugar de outro nome da casa, Fernando Torres.

A partir desse momento seguiram-se 26 minutos intensos, ao bom estilo do que o ponta-de-lança já nos habituou: marcou um golo cinco minutos depois de entrar, lesionou-se a marcar esse mesmo golo — deu um mau jeito ao joelho — e depois, de volta à partida, com o temperamento de sempre, envolveu-se numa intensa troca de palavras com um jogador do Lleida e que obrigou à intervenção de Godín, capitão dos colchoneros, que separou os dois jogadores.

06.01.2018

II Capítulo: O regresso a casa

Depois dos primeiros minutos na Taça do Rei, Diego Costa pisou pela primeira vez o relvado do novo Wanda Metropolitano para defrontar o Getafe, desta feita num encontro a contar para a La Liga. E não se esperava nada menos interessante do que no jogo três dias antes.

Desta vez o internacional espanhol começou a titular, ao lado de Antoine Griezmann. Após uma primeira parte tranquila, no acesso aos túneis, na altura do intervalo, Diego Costa pegou-se com o defesa espanhol Juan Cala.

Não poderíamos prever, mas este era o aperitivo para uma segunda parte intensa, quando aos 62 minutos Costa deu uma cotovelada na cara de Amath Ndiaye, avançado senegalês do Getafe, e viu o primeiro amarelo do encontro.

Seis minutos depois, mais um momento bem temperado: Passe de Vrsaljko e Costa volta a marcar, pelo segundo jogo consecutivo. Corre para as bancadas e festeja com os adeptos. Mas no entender de José Munuera Montero, árbitro da partida, o avançado alongou-se nos festejos… o que valeu a Costa o segundo cartão amarelo e consecutiva expulsão.

Apesar do feitio ‘temperado’ de Diego Costa, esta foi a primeira vez que o hispano brasileiro marcou e foi expulso na mesma partida, num jogo a contar para a liga espanhola.

Aos 90 minutos, o apito final acabaria por confirmar duas coisas: primeiro, a vitória do Atlético e o segundo lugar da equipa no campeonato; depois, que o próximo capítulo do regresso de Diego Costa a Espanha não será no próximo dia 13 de janeiro diante do Eibar.

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