“Vamos até à última. O Diogo Costa e o Pepe parecem-me bem melhor e penso que vão estar aptos a 100% para irem a jogo. Quanto ao Evanilson, não sabemos mesmo, e ainda temos de esperar algumas horas. O João Mário está com alguma dificuldade, enquanto o Zaidu já me parece um pouco melhor”, observou o técnico, em conferência de imprensa.

Os internacionais portugueses Diogo Costa e Pepe evoluíram hoje pela primeira vez para treino integrado condicionado, numa sessão em que os campeões nacionais viram João Mário, o nigeriano Zaidu e o brasileiro Evanilson limitarem-se a trabalho de recuperação.

“Independentemente das condicionantes, há sempre uma forma de trabalhar [com quem está lesionado], nem que seja para um lançamento lateral. Não preciso que eles estejam no máximo a nível físico para treinar situações estratégicas. Obviamente, queria que os lesionados que possam regressar tivessem o ritmo competitivo daqueles que têm jogado. Podemos contar com o Pepe amanhã [sexta-feira], mas está sem competir há quase um mês e isso pode fazer a diferença. Nesse sentido, não estaremos no máximo, mas nunca usei como desculpa a ausência de um ou outro atleta e hoje também não o farei”, frisou.

Ciente do peso do ‘clássico’ entre dois rivais distanciados por 10 pontos a oito jornadas do fim, Sérgio Conceição reconheceu que “a confiança advém do trabalho diário e não dos últimos resultados” frente ao Benfica, que o FC Porto derrotou em três das últimas cinco visitas à Luz, onde garantiu a conquista do 30.º cetro de campeão nacional em 2021/22.

“Os jogos são todos decisivos e ganham essa força a partir do momento em que, depois deste, ficam a faltar mais sete. Mas, se ganharmos na Luz e perdermos logo a seguir [na receção ao Santa Clara], ficará difícil na mesma. Digo sempre que os jogos contra rivais diretos são de seis pontos. Podemos sair da Luz com menos 13 pontos, a sete ou com a mesma diferença. O que queremos é ganhar e somar três pontos importantes”, apontou.

Os campeões nacionais procuram desfazer a invencibilidade caseira do líder isolado da I Liga, numa prova em que cinco dos 17 pontos desperdiçados sucederam no ‘clássico’ da primeira volta (0-1 no Porto, à 10.ª ronda) e na visita ao Sporting de Braga (0-0, na 25.ª).

“Ganhámos os dois jogos com o Sporting, vencemos em casa e empatámos fora com o Sporting de Braga e ficámos sem um jogador aos 20 e tal minutos contra o Benfica, mas fizemos uma excelente exibição. Por isso, não foi entre os ‘grandes’. Normalmente, diz-se que o campeonato é conquistado entre os ‘grandes’, mas não tenho essa opinião”, notou.

Numa altura em que o FC Porto tem dois pontos de avanço sobre os bracarenses na luta pela segunda posição, de acesso direto à fase de grupos da edição 2023/24 da Liga dos Campeões, Sérgio Conceição “nem coloca na cabeça o cenário de não ganhar” na Luz.

“É verdade que estamos a uma distância a que não estamos habituados do nosso rival e sabemos o jogo que temos pela frente. Na nossa preparação a todos os níveis, há uma palavra: vitória. E não foi nenhuma referência à águia…”, ripostou, convicto de que, assim que a partida começa, os jogadores “esquecem tudo aquilo que está à sua volta”.

Na corrida pela última vaga de entrada imediata na ‘Champions’ surge ainda o Sporting, quarto colocado, que empatou na quarta-feira na casa do Gil Vicente (0-0), num jogo em atraso da 25.ª ronda, ficando a sete pontos do FC Porto e a cinco do Sporting de Braga.

“Se caminhamos e estamos constantemente a olhar para trás, corremos o risco de bater em alguém ou tropeçar. É importante percebermos a força e a qualidade do Sporting de Braga, que tem sido regular esta época, e do Sporting, que tem feito uma segunda volta fantástica. Agora, há que olhar para a frente. A pressão faz parte do trabalho”, terminou.

O FC Porto, segundo classificado, com 61 pontos, mede forças com o líder Benfica, com 71, na sexta-feira, a partir das 18:00, no Estádio da Luz, em Lisboa, no clássico da 27.ª jornada do campeonato, com arbitragem de Artur Soares Dias, da associação do Porto.