“Fiquei muito feliz ao receber essa notícia. Foi um alívio, em especial devido ao que, tanto eu como as pessoas mais próximas, passámos na Austrália. Não poderia receber melhores notícias”, afirmou Djokovic, em conferência de imprensa no âmbito das ATP Finals, em Turim (Itália).
Na terça-feira, fonte governamental citada pela EFE revelou que o ministro australiano da Imigração, Andrew Giles, decidiu que será autorizado um eventual pedido de Djokovic, oitavo classificado do ranking mundial, para participar no primeiro torneio do ‘Grand Slam’ de 2023.
“O Open da Austrália tem sido o meu Grand Slam. Construí lá algumas das minhas melhores memórias e, certamente, pretendo regressar e voltar a jogar ténis, que é o que sei fazer melhor, e espero ter um grande verão australiano”, reforçou o sérvio.
O antigo líder do ranking mundial, de 35 anos, poderá conquistar em 2023 o 10.º título em Melbourne e ampliar o recorde de triunfos que já lhe pertence, igualando, simultaneamente, o recorde de 22 torneios do Grand Slam do espanhol Rafael Nadal.
Djokovic foi deportado em janeiro deste ano, pouco depois do início do torneio em piso duro, por ter entrado no país sem estar vacinado contra a covid-19, tendo apresentado uma isenção médica, cuja legalidade foi contestada pelas autoridades australianas.
O visto foi cancelado, por ter sido considerado que a presença de Djokovic poderia constituir um risco para a saúde pública e ser contraproducente para os esforços de vacinação na Austrália, no âmbito do combate à pandemia de covid-19.
Após uma curta, mas intensa, batalha judicial, o pleno do Tribunal Federal Australiano sustentou que a presença do tenista constituía um risco de saúde e ordem públicas, por poder contribuir para alimentar protestos de movimentos antivacinas, e Djokovic foi deportado.
O sérvio sofreu também uma proibição de entrada no país durante três anos, que os seus advogados procuram contrariar desde esse momento e que a Austrália se prepara agora para levantar, caso o tenista pretenda disputar o torneio de 2023.
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