O Wolverhampton Wanderers quer juntar mais um nome de peso à armada de talento portuguesa da Premier League, de acordo com a imprensa britânica. João Félix, jovem estrela de 19 anos da formação do SL Benfica, é o objetivo.

Os lobos não se deixam assustar pelos constantes rumores de interesse de gigantes europeus no avançado encarnado — um espectro que inclui emblemas como Manchester United, City, Real Madrid, FC Barcelona ou Bayern Munique —, nem pela cláusula de rescisão de Félix fixada nos 120 milhões de euros. Porquê? Porque os ingleses têm Jorge Mendes. (Ou assim escreve a Bleacher Report.)

A história da ligação entre o agente português e os donos chineses do clube inglês começou há três anos, quando o Wolves passou a ser detido pelo grupo de investimento chinês Fosun. Em julho desse mesmo ano, antes da aliança ter sido oficializada, Jeff Shi, atual presidente executivo do Wolverhampton e responsável para a área do desporto da joint-venture chinesa, já sabia das mais valias com que podia contar de Jorge Mendes. O português não era um desconhecido para Shi, uma vez que a Fosun, em novembro de 2015, adquiriu 15% da Start SGPS, a holding portuguesa de Mendes através da qual o empresário é dono da Gestifute, empresa de gestão de carreiras desportivas, e também da Polaris, a sua agência de exploração de direitos de imagem.

A confiança estabelecida por esta aliança era tal que o The New York Times resumiu, em 2017, a conquista do título do Championship, segunda divisão inglesa, da seguinte forma: “Os donos trouxeram o dinheiro. O agente entregou os jogadores.” A influência é notória com Mendes a liderar seis grandes negócios — Rui Patrício, João Moutinho, Rúben Neves, Ivan Cavaleiro, Hélder Costa e Diogo Jota —, num total de 80 milhões de euros, ao qual se soma a ida do treinador português Nuno Espírito Santo para Terras de Sua Majestade.

Para que o sonho da contratação de João Félix não seja apenas uma ilusão acresce ainda o facto noticiado pelo Record, de que o super agente está a gerir a carreira do jovem avançado, apesar do empresário Pedro Cordeiro ainda manter alguns dos direitos sobre o jogador. Escreve o diário desportivo que, na prática, uma futura negociação tendo em vista a saída de Félix será sempre trabalhada por Mendes. Além disso, a influência de Jorge Mendes no Benfica também não é de se relativizar. O agente foi protagonista de algumas das grandes transferências do clube encarnado como a ida de Fábio Coentrão para o Real Madrid, de Renato Sanches para o Bayern Munique, de André Gomes para o Valência ou de Di Maria para o Real Madrid — sem esquecer que é agente de jogadores do atual plantel encarnado onde se incluem nomes como Rúben Dias, Jota ou Pizzi.

No entanto, garantir a contratação do jovem prodígio encarnado, que esta temporada em 1559 minutos soma 10 golos e seis assistências, passa por conseguir que Jorge Mendes consiga acordar um valor de transferência abaixo dos 120 milhões de euros, número da cláusula de rescisão e exigido por Luís Filipe Vieira, presidente do clube da Luz.

Todavia, isto é apenas uma história de rumores e suposições do mercado de transferências. Porque a única coisa certa é que nos próximos tempos representantes do Benfica e do Wolves vão encontrar-se para resolver o dossier de Raúl Jimenez, visto que o avançado mexicano está por empréstimo no clube de Espírito Santo e há uma cláusula de compra em cima da mesa com uma valor noticiado de 38 milhões de euros.

Reter talento até ao último momento, diz Vieira

Esta quinta-feira, último de fevereiro e dia em que o clube encarnado comemorou 115 anos de história, Luís Filipe Vieira reafirmou que faz parte do projeto do Benfica “reter talento” saído da Caixa Futebol Campus “até ao último momento”, o que significa “pagar as cláusulas de rescisão, ao contrário do que sucedia numa fase mais inicial por razões estratégicas”. O dirigente encarnado elogiou o atual treinador Bruno Lage, que acelerou a aposta nos jovens da formação por estar bem identificado com essa área.

Deu o exemplo do jogo na Turquia, frente ao Galatasaray, dos 16 avos de final da Liga Europa, no qual Bruno Lage “apresentou seis jovens como titulares” e considerou que hoje em dia “qualquer benfiquista sente orgulho na equipa, nos jogadores e no treinador”.

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