Construído no mesmo local do Estádio Olímpico para os Jogos de 1964, o novo recinto tem capacidade para 68.000 pessoas e foi hoje inaugurado pelo primeiro ministro japonês, Shinzo Abe, numa cerimónia em que esteve Kengo Kuma, arquiteto responsável pelo processo.

Shinzo Abe elogiou o “design de alto nível” do recinto e a sua “harmonia com o ambiente”, considerando que o novo Estádio Nacional de Tóquio, como também é conhecido, “deixará uma marca na história”.

As obras foram concluídas cerca de três anos após o início da construção, com o novo Estádio Olímpico a custar 1.290 milhões de euros, ligeiramente abaixo do orçamento inicial.

O projeto de Kengo Kuma foi o segundo aprovado, depois de o primeiro, da autoria da falecida arquiteta Zaha Hadid, ter sido descartado, devido ao alto custo.

Para evitar a alta temperatura em Tóquio durante os Jogos – preveem-se temperaturas a rondar os 40 graus -, foram instalados 185 ventiladores de grandes dimensões, assim como oito nebulizadores.

A ligação à natureza está bem patente na estrutura do estádio, com as vigas de aço a serem acompanhadas por vigas de madeira, o principal elemento da arquitetura nipónica.

As vigas cruzadas no teto, o círculo central descoberto e a progressiva inclinação das bancadas foram pensadas para dar a sensação de se estar dentro de um ninho.

Ao redor do estádio estão a ser plantadas milhares de árvores, com o recinto a ter um sistema de retenção da água da chuva, que servirá para regar o relvado e as plantas que existirão no exterior.

O primeiro evento oficial do novo Estádio Olímpico será a final da Taça do Imperador de futebol, em 01 de janeiro, embora esteja prevista uma prova de exibição de estafetas de atletismo, com a presença do jamaicano Usain Bolt, para 21 de dezembro.

Durante os Jogos Olímpicos, que decorrem de 24 de julho a 09 de agosto, o Estádio Olímpico vai receber as cerimónias de abertura e encerramento, as provas de atletismo e alguns jogos de futebol.