“Esperamos atingir a lotação máxima do recinto”, antecipou João Zilhão, diretor do Millennium Estoril Open, torneio ATP 250 a decorrer no Clube de Ténis do Estoril até 1 de maio.
As expectativas da organização passam por bater o recorde de “42 mil bilhetes vendidos”, registado na edição de 2019, antevê. Nesse ano, o grego Stefanos Tsitsipas triunfou depois de bater, na final, o uruguaio Pablo Cuevas.
Inicialmente com dois top-10 e dois top-20 do ranking ATP no cartaz de estrelas prontos a pisar o pó de tijolo do Estoril, sopraram más notícias do ATP 500 de Barcelona, torneio que antecede o evento português.
O britânico Cameron Norrie, 10.º da hierarquia mundial, finalista vencido da edição 2021, perdeu o avião e Pablo Carrena Busta, alegou cansaço e também não levantou voo da cidade Condal em direção à terra batida CT do Estoril. O campeão do torneio português em 2017 será substituído pelo francês Richard Gasquet (92.º), antigo vencedor do único torneio português do ATP Tour, em 2015, o primeiro debaixo do olhar de João Zilhão.
“Elenco fantástico e ótimos jogadores de todas as gerações”
Aos courts nacionais regressa Felix Auger-Aliassime (9.º) e estreia-se Diego Schwartzman (15.º), depois de ter falhado no ano passado. Terá ainda três top-30 (Marin Cilic, Alejandro Foquina e Frances Tiafoe), três top-40 (Albert Ramos-Vinola, vencedor de 2021, Paul Tommy e Sebastian Korda) e o wild-card, Dominique Thien, antigo número 3 do mundo, hoje a ocupar o lugar 54.º da hierarquia mundial.
João Sousa (85.º), tenista de 33 anos, vencedor em 2018 e Nuno Borges, no segundo ano de estreia no quadro principal, contribuem, e muito, para a corrida às bilheteiras da 7.ª edição do Estoril Open. Sousa estreia-se frente ao argentino Sebastian Baez, enquanto Borges (131.º e convidado pela organização) terá como adversário o espanhol Pablo Andujar na primeira ronda.
“Temos um elenco fantástico e ótimos jogadores de todas as gerações. No papel, é um quadro de excelência”, garante João Zilhão. “Quem for ver ténis ao vivo, verá alguns dos melhores do mundo”, antecipou. “Pena que no ano passado o evento tenha decorrido à porta fechada, ano em que trouxemos o (Carlos) Alcaraz, já apontado como um futuro número 1 do mundo”, recuou. Então com 17 anos, o prodígio espanhol viria a cair aos pés de Cilic.
O tenista da Bósnia-Herzegovina, repetente no Millennium Estoril Open, transporta a bandeira do mais titulado em prova. Aos 33 anos, soma 20 títulos na carreira, um deles Grand Slam, 559 vitórias e 314 derrotas. Um palmarés seguido por perto por Dominic Thiem, 17 títulos, 309 triunfos e 166 desaires.
Muito mais que um evento de ténis e chefs Michelin na tenda corporate
O torneio português atribuirá 534 mil euros de prize-money. 81 mil (e 250 pontos) cabem ao vencedor.
“Montar” o Estoril Open ascende “a perto de quatro milhões de euros”. Os números apresentados pelo diretor do torneio são refletidos nos “nove dias do torneio e no trabalho da equipa todo o ano para arranjar o evento, a logística e os layouts”, discrimina Zilhão.
“Temos conseguido criar um evento que é muito mais do que um evento de ténis”, rematou. Fora da terra batida e para que nada falte a quem tem o privilégio de marcar o ponto na semana onde todos querem ser vistos e ter o nome à porta da tenda corporate e do restaurante — com vista para o court principal, algo único no circuito ATP Tour —, nada pode faltar.
Estão previstas “750 a 800 refeições servidas vezes 12, porque temos três sessões duplas de almoço e jantar”, avisou.
O jantar de 27 será servido por Noélia Jerónimo, do restaurante com o mesmo nome sito em Cabanas, Algarve. No dia seguinte, 28, é a vez de Pedro Lemos (uma estrela Michelin) servir à mesa e na noite seguinte, Hans Neuner, chefe-executivo do restaurante Ocean do Vila Vita Resort, duas estrelas, fecha o menu.
“As noites, a alta gastronomia, música, arte e enquadramento de networking e relações-públicas com as empresas é um evento que se torna indispensável para quem está connosco e não quer deixar de estar”, adianta o organizador.
Quem não deverá faltar é Marcelo Rebelo de Sousa, um dos grandes fãs de ténis. “Está na Comissão de Honra e julgo estar na sua agenda”, finalizou João Zilhão, diretor do Estoril Open.
Comentários