O bicampeão mundial vai regressar à Renault em 2021, substituindo o australiano Daniel Ricciardo, que se vai mudar para a McLaren.

“A Renault é a minha família, são as minhas melhores recordações na Fórmula 1, com os meus dois títulos mundiais, mas, agora, estou a olhar para o futuro. É com um grande orgulho e uma enorme emoção que regresso à equipa que me deu uma oportunidade no início da minha carreira e que agora me oferece a possibilidade de regressar ao mais alto nível”, disse o espanhol, citado em comunicado da escuderia.

"Estou extremamente feliz por retornar à Fórmula 1 em 2021 e por fazê-lo com a equipa com a qual tenho a melhor experiência no campeonato. Conheço a paixão da Renault e como está sedenta de sucesso", resumiu o piloto de 38 anos.

Esta será a terceira passagem de Alonso pela Renault, equipa com a qual conquistou dois campeonatos mundiais de pilotos, em 2005 e 2006, pondo fim a cinco títulos consecutivos conquistados pelo alemão Michael Schumacher.

O asturiano manifestou “plena confiança” na formação, na qual vai trabalhar “para o futuro”, confiando que “as novas regras vão trazer mais igualdade, mais ação e mais nível na grelha de partida”.

“Com isso em mente, há tempo para trabalhar neste projeto e construir o impulso que precisamos. Construiremos algo juntos, naquilo em que acreditamos. Estou calmo porque tudo o que procuro está na Renault”, elogiou.

O bicampeão mundial vai fazer dupla com o jovem francês Esteban Ocon, de 23 anos, a quem destacou o “talento imenso”.

“Ele tem um futuro fantástico na Fórmula 1. Espero que nos ajudemos a fortalecer a Renault”, sintetizou, acreditando que a equipa poderá ser mais competitiva em 2022, “ter possibilidades” quando vigorarem as alterações regulamentares impulsionadas pela crise da covid-19.

O piloto espanhol acredita num Mundial “mais equilibrado com a entrada das novas regras”, que lamentou terem sido adiadas um ano para 2022, contudo defende que a sua presença no campeonato já em 2021 será “parte” da sua preparação.

“A contratação de Fernando Alonso faz parte do plano do Grupo Renault de continuar comprometido com a F1 e de regressar ao topo da competição. A sua presença na equipa é um ganho formidável a nível desportivo, mas também para a marca, à qual está muito ligado”, disse Cyril Abiteboul, diretor da Renault Sport Racing.

Depois de uma experiência mal sucedida na McLaren, Alonso regressaria à Renault em 2008 e 2009, numa passagem sem o mesmo sucesso e marcada pela polémica do ‘Singapuregate’ (o diretor da equipa, Flavio Briatore, acabaria banido na sequência das acusações de ter manipulado o GP de Singapura de 2009, forçando o outro piloto da equipa, o brasileiro Nélson Piquet Jr., a provocar deliberadamente um acidente para dar a vitória a Alonso).

O espanhol rumou à Ferrari, onde ficou até 2018, sem nunca voltar a conquistar o título.

Depois de ter saído da Fórmula 1, Fernando Alonso sagrou-se campeão mundial de Resistência, com a Toyota, venceu as míticas 24 Horas de Le Mans (por duas vezes), também com a marca nipónica, as 24 Horas de Daytona e disputou, já este ano, o Rali Dakar de todo-o-terreno, terminando em 13.º na estreia.

O piloto de 39 anos persegue ainda o sonho da ‘tripla coroa’, que passa por juntar às vitórias que já tem o triunfo nas 500 Milhas de Indianápolis.

Alonso é o sexto piloto com mais triunfos na Fórmula 1. Tem 32 corridas conquistadas.