O momento ocorreu antes da partida entre a Alemanha e a Hungria na Allianz Arena, em Munique, em jogo a contar para o Grupo F do Euro2020
A invasão não foi captada pela transmissão televisiva, mas um jornalista a trabalhar para a ESPN apanhou o momento em vídeo, dizendo que ocorreu durante o hino húngaro e que mereceu apoio ruidoso por parte dos adeptos alemães.
Esta ação ocorre depois da UEFA ter rejeitado o projeto da cidade de Munique para iluminar o estádio com as cores do arco-íris no jogo entre Alemanha e Hungria, para protestar contra uma lei húngara.
“Pelos seus estatutos, a UEFA é uma organização política e religiosamente neutra”, afirmou o organismo, em comunicado.
A iniciativa visava manifestar apoio à comunidade LGBT na Hungria, Estado-membro da União Europeia que aprovou recentemente uma lei que proíbe a divulgação de conteúdos sobre orientação sexual a menores de 18 anos.
“Dado o contexto político deste pedido – uma mensagem que visa uma decisão tomada pelo parlamento nacional húngaro –, a UEFA deve recusá-lo”, rematou o organismo presidido pelo esloveno Aleksander Ceferin.
Em resposta, a Alemanha optou por distribuir bandeiras arco-íris antes da partida.
De resto, sem o estádio colorido, a cidade não tardou em ‘brilhar’ por outros espaços, entre espaços oficiais do município e vários outros locais da cidade, decorados com bandeiras que simbolizam a universalidade do movimento.
Em Marienplatz, principal praça da capital bávara, não faltavam bandeiras, o que também se viu na torre da Aldeia Olímpica, em moinhos de vento e noutros locais diversos.
“O arco-íris representa uma série de valores como a tolerância e a rejeição da discriminação, neste caso pela orientação sexual. Estes valores estão inscritos na nossa constituição e não são negociáveis”, disse hoje o porta-voz do Ministério do Interior, Steve Alter.
Além das duras críticas, políticas, à nova legislação aprovada pelo parlamento húngaro um pouco por toda a Europa, também várias organizações, associações e outros intervenientes no setor do futebol apontaram o dedo à UEFA por travar a intenção de iluminar o estádio.
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