Um livre direto que Courtois parou, na primeira parte, e passes que Diogo Jota e André Silva não aproveitaram, na segunda, marcaram as escassas aparições do ‘capitão’ luso no embate do Estádio de La Cartuja, onde foi incapaz de fazer a diferença.

Num dia ‘marcado’ para superar os 109 golos do iraniano Ali Daei e chegar aos 110, na 179.ª internacionalização ‘AA’, Ronaldo lutou, correu, mostrou-se sempre inconformado, veio atrás buscar a bola, barafustou, mas não fez o que Portugal precisava, o golo.

Os jogadores que estiveram mais perto de marcar foram Rúben Dias, que cabeceou violentamente à figura de Courtois, e Raphaël Guerreiro, com um remate ao poste esquerdo.

Cristiano Ronaldo despede-se, assim, com uma exibição sem brilho do Europeu, depois de uma fase de grupos em que marcou em todos os jogos, num total de cinco golos, ainda que três deles tenham sido apontados de grande penalidade.

Além destes três, o jogador da Juventus, de 36 anos, ainda ‘encostou’ um passe de Diogo Jota, depois de uma longe correria desde a área lusa, após cortou um canto, e concluiu uma jogada de envolvimento, após tabela com Rafa.

Com os cinco golos, dois à Hungria (3-0), um à Alemanha (2-4) e um ‘bis’ de penálti à França (2-2), Ronaldo passou a contar 14 golos em europeus, já mais cinco do que Michel Platini, o segundo da lista, com os nove tentos de 1984, em cinco jogos.

O ’capitão’ luso sai do Euro2020 como melhor marcador histórico das fases finais e com a possibilidade de acabar como o ‘rei’ da presente edição, sendo que, para já, lidera com mais um tento do que o checo Patrik Schick (cinco contra quatro).

Na prova que se está a disputar em 11 cidades de 11 países, Ronaldo, cada vez mais um caso sério no que respeita à longevidade da sua carreira, também se tornou o primeiro jogador a disputar encontros em cinco fases finais.

O atual jogador da Juventus também está destacado na tabela de jogos, com 25 - seis em 2004, três em 2008, cinco em 2012, sete em 2016 e quatro em 2020 -, sendo perseguido por Pepe e João Moutinho, que somaram hoje o 19.º.

Quanto a superar Ali Daei, vai ter de esperar pela temporada de 2021/22, que já está em andamento.

Cristiano Ronaldo entrou no Europeu com 104 golos, a cinco do registo do iraniano, mas ‘bisou’ logo de entrada, face à Hungria (3-0), em Budapeste, ainda que já bem perto do final do encontro, primeiro aos 87 minutos, de penálti, e dois aos 90+2.

Se demorou a marcar aos magiares, face à Alemanha, seleção à qual nunca faturara, marcou logo aos 15 minutos, servido de bandeja por Diogo Jota, num golo que não evitou, porém, uma pesada derrota por 4-2, e que chegou a ameaçar tomar outros proporções.

No terceiro jogo, Ronaldo teve pela frente a seleção que mais vezes defrontara sem marcar, mas, à sétima tentativa, fê-lo a dobrar, graças a dois penáltis, convertidos aos 31 e 60 minutos, o segundo para igualar os históricos 109 golos de Ali Daei.

Hoje, em Sevilha, esperava-se que se pudesse isolar como o melhor marcador mundial por seleções, mas ficou em ‘branco’, logo quando isso não ‘podia’ acontecer.

Assim, Ronaldo fechou a época 2020/21 com 46 golos, em 59 jogos – 36 pela Juventus, em 44 jogos, e 10 pela seleção lusa, em 15 –, para um total de 790 tentos, nos 1.093 embates oficiais que cumpriu desde que se tornou profissional em 2002/03.

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