Dez atletas portugueses, apenas, estiveram em Belgrado, mas a maioria superou-se e houve medalhas, um recorde nacional e vários máximos pessoais, para um balanço de sinal fortemente positivo.
Com uma medalha de ouro e uma de prata, ambas no triplo, respetivamente para Nelson Évora e Patrícia Mamona, Portugal reparte o sétimo lugar no quadro de medalhas com a França.
Melhor, só a Grã-Bretanha (cinco ouros, três pratas e um bronze), a Polónia (5/1/4), a Alemanha (2/2/5), a República Checa (1/1/2), a Espanha e a Grécia (ambas com 1/1/1).
Em termos de pontos atribuídos aos oito melhores de cada prova, Portugal chega aos 24, agregando aqui o quarto lugar de Tsanko Arnaudov no peso e os sétimos de Lecabela Quaresma, no pentatlo, e Susana Costa, no triplo. Em 10 atletas, cinco saem de Belgrado no ‘top 8’.
Nessa tabela, Portugal finaliza em 10.º lugar, no que é o melhor registo coletivo desde há quase 20 anos.
O melhor do historial português é ainda Valência'98, com 30 pontos e as medalhas de ouro de Rui Silva e prata de Carlos Calado e Fernanda Ribeiro.
Belgrado2017 entra para o segundo lugar de sempre, 'destronando' Viena2002, então com 22 pontos, graças ao ouro de Rui Silva e à prata de Naide Gomes e Carla Sacramento.
Desta vez não deu para medalha, como no ano passado nos Europeus ao ar livre, mas Tsanko Arnaudov, quarto na final do peso, é outro destaque, também pelo recorde nacional absoluto que bateu. A marca, 21,08 metros, é a melhor de sempre tanto em pista coberta como em pista ao ar livre.
Além do sétimo lugar na final do triplo, Susana Costa também bateu o seu máximo pessoal, aproximando-se dos 14 metros - chegou sábado aos 13,99.
Mesmo sem final, Ancuiam Lopes merece ser considerado ao mesmo nível, pela forma como se superou. Chegou às meias-finais dos 60 metros, para ser 10.º no cruzamento das marcas das duas corridas, com um recorde pessoal a 6,71 segundos.
Nos 60 metros femininos, Lorène Bazolo foi altamente prejudicada na sua meia-final, com uma falsa partida incorretamente assinalada. Seria reintegrada na corrida, mas, evidentemente afetada, acabou por ser última, pelo que o seu 16.º lugar final não reflete o que poderia fazer.
A 'meio da tabela', e por isso sem balanço positivo ou negativo, ficaram Francisco Belo, 15.º no peso, e Emanuel Rolim, 10.º nos 1.500 metros.
Claramente a destoar dos seus colegas de seleção, esteve Marcos Chuva, no salto em comprimento. Não fica para a história, com três ensaios nulos na qualificação.
Comentários