“Não entendo como isso é possível. Que numa sociedade moderna e desenvolvida possa acontecer o que está a acontecer”, disse Alexandr Kerzhakov, de 40 anos, máximo goleador russo, com 233 golos, e 90 chamadas à seleção principal.
Kerzhakov, que se mudou para o Dubai no final do ano passado, admitiu numa entrevista que a cada dia que passa entende melhor “a magnitude” do problema que eclodiu em 24 de fevereiro de 2022, com o início da campanha militar russa na Ucrânia e que sente medo.
“Em cada entrevista, quando me perguntavam qual era o meu maior desejo, a única coisa que eu pedia era que não houvesse guerra. No mundo em geral”, apontou o ex-jogador do Zenit, Sevilha (Espanha), Dínamo Moscovo e FC Zurique (Suíça).
Esta situação, que Kerzhakov diz não conseguir explicar nem encontrar respostas, levou-o a deixar a Rússia, embora insista que não se trata de fuga ou emigração definitiva, mas sim de se afastar temporariamente e deixar o seu país natal por um tempo.
Kerzhakov considera que os que são a favor de uma intervenção militar já não mudarão de opinião, pois já passou “demasiado tempo”, embora considere que mais perigoso é que haja russos que não têm opinião formada sobre isso e que apenas procurem sobreviver.
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