Há já algum tempo que Andretti Autosport está a tentar juntar-se à grelha da F1. Em outubro de 2023, a FIA dava luz verde para a entrada da equipa americana, revelando terem excelentes condições técnicas para tal.
"A Andretti Formula Racing LLC foi a única entidade que preencheu os critérios de seleção estabelecidos em todos os aspetos materiais. Felicito Michael Andretti e a sua equipa por uma apresentação completa. Quero também agradecer a todas as equipas candidatas pelo seu interesse e participação", referia o presidente da FIA Mohammed Ben Sulayem em 2023.
Mas, em comunicado, a F1 detalhou que no "nosso processo de avaliação, estabelecemos que a presença de uma 11.ª equipa não traria, por si só, valor ao campeonato. A forma mais significativa de um novo participante trazer valor é ser competitivo. Não acreditamos que o candidato seja um participante competitivo".
Além de "não trazer valor ao campeonato", o comunicado acrescenta ainda que considerava que a presença de mais uma equipa na grelha de partida colocaria uma pressão financeira desnecessária sobre os atuais promotores das corridas.
"A adição de uma 11.ª equipa colocaria uma carga operacional sobre os promotores de corridas, sujeitaria alguns deles a custos significativos e reduziria os espaços técnicos, operacionais e comerciais dos outros concorrentes", acrescentou. "Não nos foi possível identificar qualquer efeito positivo esperado nos resultados financeiros".
A proposta da Andretti está a ser apoiada pela General Motors (GM), através da sua marca Cadillac, que concordou em criar um motor para as novas regras de 2026.
Há esperança para a equipa estar na grelha da F1 num futuro próximo?
Sim. No comunicado disponibilizado pela F1, esta considerou que esta não era uma boa situação para o atual campeonato, mas, assim que a Andretti colocar em marcha a aliança com a Cadillac, pode potencialmente juntar-se em 2028.
"Analisaríamos de forma diferente um pedido de entrada de uma equipa no Campeonato de 2028, com uma unidade de potência da GM, quer como equipa de fábrica da GM, quer como equipa cliente da GM, concebendo internamente todos os componentes permitidos", pode-se ler no comunicado da F1.
"Neste caso, haveria factores adicionais a considerar no que diz respeito ao valor que o candidato traria para o campeonato, em particular no que diz respeito a trazer um novo construtor de prestígio para o desporto como fornecedor de motores".
Quem é a Andretti Autosport?
É uma equipa de desportos motorizados dos Estados Unidos da América (EUA), liderada por Michael Andretti, antigo piloto de F1 e lenda da IndyCar. Michael também é filho de Mário Andretti, campeão de F1 em 1978. A equipa está presente em vários campeonatos de desportos motorizados, tais como a IndyCar, a Fórmula E ou o Campeonato de Resistência Norte-Americano (IMSA).
A equipa foi fundada como Forsythe/Green Racing por Gerald Forsythe e Barry Green em 1993, e foi conhecida durante os primeiros anos como Team Green. Michael Andretti comprou uma participação na equipa em 2002, mudando o nome para Andretti Green Racing e entre 2009-2023 a equipa ficou conhecida como Andretti Autosport, com Michael no controlo total.
No total, a equipa venceu as 500 milhas de Indianápolis seis vezes, em 1995, 2005, 2007, 2014, 2016, 2017, o campeonato da CART em 1995 e o campeonato da IndyCar Series quatro vezes (2004, 2005, 2007, 2012). A Andretti também venceu o campeonato da Fórmula E como Avalanche Andretti Formula E, vencendo o campeonato de pilotos de 2022-23 com o britânico Jake Dennis.
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