Em Londres, ao lado do seu rival e amigo Nadal, Federer foi derrotado pelos norte-americanos Jack Sock e Frances Tiafoe, por 4-6 e 7-6 (7-2) e 11-9, em mais de duas horas.
Sem jogar desde o torneio de Wimbledon de 2021, devido a várias operações aos joelhos, o suíço tinha anunciado na semana passada que iria terminar a carreira na Laver Cup, prova que opõe uma seleção da Europa a uma do resto do mundo.
No momento da despedida garantiu estar "muito feliz por ter chegado ao fim" do encontro inteiro, depois de mais de um ano sem jogar.
Visivelmente emocionado e, por vezes, com dificuldades em falar, Federer disse que vai ultrapassar "de alguma maneira" esta despedida.
"Já lhes disse, estou feliz, não estou triste. É fantástico estar aqui. Adorei apertar os meus sapatos uma última vez, fazer tudo pela última vez. Com todos os encontros, com os adeptos, com a família aqui, não senti tanto o stress, embora pensasse que alguma coisa ia acontecer e me ia lesionar", referiu.
"O encontro foi fantástico, não podia estar mais feliz. Claro que jogar com o Rafa na mesma equipa, ter todas as lendas aqui... Obrigado", referiu.
Para Federer, foi "fantástico" ter jogadores como Rafael Nadal, Novak Djokovic ou Andy Murray na sua equipa, até porque não se sentiu sozinho.
"Dizer adeus numa equipa, sempre me vi como um jogador de equipa e nos singulares não sentimos isso. [Foi fantástico] Estar na mesma equipa de Andy, Novak, Matteo [Berretini], Cam [Norrie], Stefanos [Tsitsipas], Casper [Ruud], Rafa e também com os elementos da outra equipa. Queria que isto fosse uma celebração e foi exatamente isso que aconteceu", referiu.
Sobre a carreira que teve, Federer disse que "não era suposto ser assim", pois só "queria ser feliz a jogar ténis e passar tempo com os amigos".
"E terminou aqui. Foi uma viagem perfeita e eu faria tudo de novo", assumiu.
O último elogio foi para a família e, sobretudo, para a sua mulher Mirka Vavrinec: "Devia ter parado há muito tempo, mas ela fez-me continuar. Obrigado".
A seguir prosseguiram as emoções, com a entrada em court de Mirka e das duas gémeas de 13 anos e dois gémeos de oito, a quem pediu para não chorar, porque estava feliz.
Para a história ficam antes os 103 títulos conquistados po Federer, um número superado apenas por Jimmy Connors (109), 20 dos quais em torneios do Grand Slam, no qual é apenas ultrapassado pelos rivais contemporâneos Nadal (22) e Novak Djokovic (21).
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