Depois de o conjunto setubalense ter tido conhecimento da pretensão dos portistas, o presidente do clube, Vítor Hugo Valente, falou com o avançado, eleito no sábado o melhor jogador da final da Taça da Liga diante do Sporting [triunfo 'leonino' por 5-4 nas grandes penalidades, após 1-1 no tempo regulamentar], para saber qual a sua vontade.

Gonçalo Paciência, de 23 anos, transmitiu ao dirigente que não poderia continuar no Bonfim, uma vez que o FC Porto é o "clube do coração", adiantou a mesma fonte do clube sadino, formação que perde assim o seu melhor marcador com 11 golos na presente época (cinco no campeonato, cinco na Taça da Liga e um na Taça de Portugal).

O Vitória de Setúbal está já a envidar esforços para colmatar a saída do atleta até quarta-feira, dia em que termina o prazo para a inscrição de jogadores.

Gonçalo Paciência foi um nome em evidência este fim de semana por ter sido o autor do golo que deu vantagem durante quase todo o jogo da final da Taça da Liga que opôs o Vitória de Setúbal ao Sporting Clube de Portugal - e que viria a ser ganha na marcação de grandes penalidades pelo clube de Lisboa. Mas, já antes do jogo, o nome de Paciência tinha sido eleito por Jorge Jesus na conferência de antevisão. "Está a atravessar uma excelente fase, é um miúdo que está a crescer muito como jogador, tem momentos de jogo de um futuro ponta de lança de qualidade".

É um lugar comum, mas Gonçalo Paciência é um daqueles nomes de quem se pode dizer que filho de peixe sabe nadar. Neste caso, filho de Domingos Paciência, ex-jogador e treinador de futebol. Começou cedo, nas camadas jovens do FC Porto, com apenas oito anos. Há quatro anos, estreou-se na Segunda Liga, integrando a equipa B do FCP. No ano seguinte, em 2015, pisava pela primeira vez o relvado na equipa principal dos Dragões, a 21 de janeiro, precisamente na Taça da Liga, frente ao Braga.

Agora, depois de quatro empréstimos consecutivos, está de volta a casa.