Djokovic, líder do 'ranking' mundial, conseguiu uma sexta presença na final do All England Club, onde ganhou em 2011, 2014, 2015 e 2018 e foi finalista vencido em 2013, ao superar Bautista-Agut, 22.º ATP, por 6-2, 4-6, 6-3 e 6-2.

Por seu lado, Federer, vencedor oito vezes na relva londrina (2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009, 2012 e 2017) e derrotado nas finais de 2008, 2014 e 2015, somou o 16.º triunfo em 40 jogos com Nadal, e apenas o quarto em 14 ‘duelos’ no ‘Grand Slam’, ao vencer também em quatro ‘sets’, por 7-6 (7-3), 1-6, 6-3 e 6-4.

A final será o 48.º encontro entre Federer e Djokovic, num ‘duelo’ favorável ao sérvio - que venceu 25 vezes, contra 22 do helvético - na globalidade, e também em Wimbledon, onde ganhou ao suíço nas finais de 2014 e 2015 e perdeu nas ‘meias’ de 2012.

Os dois jogadores só se encontraram em mais duas finais do ‘Grand Slam’, ambas no US Open, com Federer a impor-se em 2007 e Djokovic a ‘responder’ em 2015. No domingo, o sérvio tenta o seu 16.º título no ‘Grand Slam’, na 25.ª final, e Federer o 21.º, em 31, para solidificar a liderança do ‘ranking’.

O suíço chega moralizado, depois de um categórico triunfo face a Nadal, que começou a ‘desenhar’ no primeiro ‘set’, que venceu mesmo sem quebrar o serviço ao espanhol.

Federer desperdiçou o único ponto de ‘break’ que conquistou, ao oitavo jogo, mas não enfrentou nenhum no seu serviço e, no ‘tie break’, após estar duas vezes com um ‘mini break’ abaixo (0-1 e 2-3), ganhou cinco pontos consecutivos para vencer por 7-3.

No segundo ‘set’, Federer salvou dois pontos de ‘break’ no segundo jogo e teve um 15-40 no terceiro, mas Nadal aguentou-se e, a partir daí, ganhou enorme ascendente, perante o acumular de erros e a perda de consistência do helvético, e venceu por 6-1.

O suíço ‘regressou’, porem, no terceiro parcial: o seu serviço voltou a funcionar, ao quarto jogo quebrou o serviço ao espanhol e, ao quinto, salvou três ‘break points’, fazendo o 4-1, para depois chegar, sem problemas, aos 6-3.

A dinâmico do encontro não mudou no quarto ‘set’, com Federer claramente por cima, a conseguir o ‘break’ logo ao terceiro jogo, para se adiantar para 2-1: não mais perdeu o controlo do parcial, que acabou por vencer por 6-4, garantindo a 12.ª final.

Ainda assim, e perante um Nadal que lutou até final e chegou a ter um ponto para fazer o 5-5, o helvético precisou de cinco ‘match points’ e de se aplicar até ao derradeiro suspiro.

“O primeiro ‘set’ foi muito importante, mas ele reagiu bem no segundo. Estou feliz pela vitória, mas exausto, porque o Rafa conseguiu pancadas incríveis para se manter no encontro. As batalhas com ele são sempre especiais”, disse Federer, que somou 51 ‘winners’, contra 32 do espanhol.

Depois de bater o espanhol, segue-se Djokovic: “É o detentor do título e nestas duas semanas mostrou o porquê. Espero batê-lo, mas sei que é muito difícil. Não é por acaso que é o número um”.

Na primeira meia-final, Djokovic impôs-se, como esperado, num embate em que entrou em força, quebrando logo de entrada o serviço ao espanhol, para ganhar um avanço de 3-0. Não enfrentou qualquer ponto de ‘break’ e fez um segundo ‘break’ para o 6-2.

O segundo parcial foi diferente, com Agut a soltar-se e a ‘quebrar’ Djokovic logo ao terceiro jogo, para, depois, se impor por 6-4, sem enfrentar qualquer ponto de ‘break’ e ameaçando, sem concretizar uma segunda quebra, no quinto jogo.

“Ele estava a disputar a primeira meia-final de um ‘Grand Slam’ e cometeu alguns erros incaracterísticos no primeiro ‘set’, talvez devido aos nervos, mas depois jogou melhor no segundo e o encontro nivelou”, afirmou Djokovic.

O equilíbrio manteve-se no início do terceiro ‘set’, mas, ao sexto jogo, o sérvio logrou o ‘break’, fazendo o 4-2 e, até ao final, o encontro já não teve história, tal a superioridade do sérvio, que selou um lugar na final com 6-3 e 6-2.

“Os primeiros jogos do terceiro ‘set’ foram muito equilibrados, mas, felizmente, caiu para o meu lado”, afirmou Djokovic, lembrando o ‘break’ no sexto jogo, que acabou por encaminhá-lo para a vitória: “Estar em mais uma final, é um sonho, até porque as finais de Wimbledon são especiais”.