“Temos de evitar ser demasiado dramáticos. Se o alargamento significasse o aumento do número de jogos [disputados durante o Mundial] seria mais complicado, mas como não é o caso, sou claramente a favor”, disse o selecionador campeão europeu num encontro com correspondentes estrangeiros, nos arredores de Lisboa.
Para Fernando Santos, o aumento do número de seleções pode incrementar a competitividade, uma vez que os grupos terão três em vez das atuais quatro equipas.
“Algumas pessoas dirão que o formato alargado não traz mais qualidade, mas o facto é que estes torneios, acima de tudo no Mundial, são marcados pela ausência de boas seleções”, defendeu o técnico, que guiou Portugal à vitória no Euro2016.
O selecionador português acredita que o maior número de seleções em grandes competições promove um maior investimento no futebol e na formação de equipas que, de repente, podem aspirar ao troféu.
“Passou-se o mesmo com o Europeu. Inicialmente, estávamos apreensivos com o novo formato, mas demonstrou-se que em muitos países passou a haver um grande investimento no futebol”, acrescentou.
O Conselho da FIFA aprovou na terça-feira, por unanimidade, o alargamento da fase final Mundial de futebol, a partir de 2026, de 32 para 48 seleções.
A prova, que até agora teve 20 edições e que começou em 1930, com 13 equipas, não se realizou em 1942 e 1946 devido à II Guerra Mundial, tendo decorrido em 2010 a sua primeira edição no continente africano, na África do Sul.
As duas próximas edições, ainda com 32 equipas, vão decorrer na Rússia e no Qatar, em 2018 e 2022, respetivamente.
Comentários