Em comunicado, a entidade organizadora do Mundial de F1 explica que a iniciativa pretende focar-se nas questões da desigualdade e da sustentabilidade, mas também nas que estão relacionadas com a pandemia de covid-19, que alterou o calendário da categoria.

“Queremos que o nosso recomeço mostre que, enquanto comunidade desportiva, mantemo-nos unidos contra o racismo e que faremos mais para lidar com a desigualdade e contar com diversidade na F1″, referem os organizadores.

A época de 2020, que deveria ter tido início em março e foi suspensa devido à pandemia do novo coronavírus, tem início entre 03 e 05 de julho, com o Grande Prémio da Áustria, num ano que tem oito corridas anunciadas.

O anúncio de hoje da F1 surge alguns dias depois de o campeão mundial Lewis Hamilton dizer que quer promover a diversidade no seu desporto, já depois de ter criticado a modalidade, por não mostrar posições firmes após a morte do afro-americano George Floyd.

“Vejo pessoas que respeito a não dizerem nada e isso parte-me o coração”, escreveu no Sunday Times o piloto britânico, que no domingo voltou a manifestar-se, participando em Londres numa manifestação.

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, sucederam-se protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem, num cenário que se estendeu também a protestos e com manifestações em várias cidades mundiais.