Apesar de não ter sido “analisada qualquer proposta concreta”, foi debatido “um conjunto de cenários” e “trabalhados princípios e conceitos que terão continuidade na próxima semana”, informa um comunicado publicado no sítio oficial da FPF na Internet.
“A reunião, que decorreu por videoconferência, serviu para ouvir a opinião dos líderes das associações sobre os reflexos no futebol da pandemia de covid-19 e para partilhar informação sobre as diversas competições”, indica a nota.
A FPF recorda que as competições seniores permanecem suspensas e que o organismo federativo “continua a monitorizar a situação provocada pela pandemia de covid-19, podendo rever – ampliando ou reduzindo – as medidas até agora implementadas”.
A medida mais radical foi anunciada na sexta-feira, com a anulação das provas dos escalões de formação, que estavam suspensas desde 10 de março, dois dias antes de o organismo regulador do futebol português ter decidido suspender também as competições de seniores.
A FPF optou por concluir “as competições nacionais de todos os escalões de formação de futebol e futsal, masculinas e femininas, não resultando das mesmas qualquer efeito desportivo imediato", acrescentando que "não serão atribuídos títulos nas referidas competições, nem aplicado o regime de subidas e descidas".
No mesmo dia, o presidente da Associação de Futebol de Lisboa (AFL), Nuno Lobo, contrariou a FPF e negou o cancelamento dos campeonatos lisboetas dos escalões de formação da época 2019/20, afirmando que "o que está escrito no comunicado da FPF, designadamente, no ponto oito, não é verdade, no que concerne à AFL".
Nuno Lobo referia-se ao facto de a FPF ter anunciado o cancelamento dos campeonatos de futebol e futsal dos escalões de formação, numa decisão que, segundo aquela entidade, foi "acompanhada pelas 22 associações distritais e regionais, que vão igualmente dar sem efeito as suas competições destinadas aos escalões de formação de futebol e futsal".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 791 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 38 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 163 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, registaram-se 160 mortes e 7.443 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
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