"Nenhum outro triunfo de Munique na Liga dos Campeões foi tão merecido quanto este", sentencia o Frankfurter Allgemeine Zeitung da Alemanha, referindo-se ao sexto cetro dos bávaros na prova, um “sucesso sobretudo obra do treinador Hansi Flick”.
Um “outro vencedor em Lisboa foi o Qatar”, acrescenta o diário, referindo-se ao facto de a monarquia do Golfo não só ser dona do Paris Saint-Germain, mas ser igualmente um dos patrocinadores do Bayern de Munique.
"O Bayern realizou o seu ‘hat-trick’ de sonho”, destaca o diário de Munique Süddeutsche Zeitung, referindo-se ao clube ter conquistado ainda o campeonato e a Taça e destacando o facto de o golo do triunfo ter sido marcado “precisamente por (Kingsley) Coman, que nasceu e foi formado em Paris".
Essa ironia do destino também foi vincada pelo catalão Mundo Deportivo: “Coman saiu porque as contratações que custaram milhões de euros já não lhe deixaram espaço. Mas ontem (domingo), foi Coman quem riu e Neymar quem chorou.”
“Este Bayern é lendário”, sintetizou o italiano Tuttosport, elogiando os “heróis de Munique” e brincando com o nome do autor do único golo, com um “Na Europa, o Bayern COMANda”.
A Gazzetta dello Sport enalteceu o "modelo germânico" na primeira página: “Os alemães afirmaram o físico e a superioridade estratégica. Os franceses foram traídos pelas suas estrelas: Neymar, Mbappé e Di Maria.”
O diário de Milão atribui ainda a Neymar o ‘barrete de burro’: “Era ele ou Mbappé, mas custou mais 42 milhões... O emirado queria que levasse o PSG ao Olimpo, pelo contrário termina em lágrimas.”
Neymar recebeu nota mediana de vários jornais franceses, destacando as oportunidades que o brasileiro falhou e que o levaram à primeira página do L’Equipe, com grande imagem e o título “Inconsolável”.
Mbappé e o lateral Kehrer, ambos com nota três, foram os menos valorizados pelo principal diário desportivo francês, enquanto o Le Parisien lembrou que Neymar esteve abaixo do esperado.
Em Inglaterra, o Mirror acredita que "os aristocratas do Bayern de Munique superam o ‘novo rico’ Paris Saint-Germain” para conquistar o seu sexto cetro europeu e mostrar que a Alemanha brilhou na atípica época marcada pela pandemia da covid-19.
“Num estádio sem adeptos e uma temporada quase interminável, foi o Bayern de Munique quem atingiu o objetivo. O seu sexto título europeu foi conquistado em circunstâncias sem precedentes, mas, mesmo assim, merecido por uma equipa que tem sido a melhor na competição e sem dúvida a melhor da Europa este ano”, elogia o The Times.
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