Gianni Infantino, que há dias visitou o hotel em que estão alojados os 128 árbitros escolhidos para o Mundial, em Doha, dando-lhes as boas-vindas, recordou que sobre os seus ombros carregam o peso de decisões que podem “mudar a vida de um país inteiro”.
“Os árbitros são a primeira equipa do Mundial. A minha equipa. A equipa mais importante do Mundial, porque sem eles a prova não podia ser disputada. Eles são essenciais”, acrescentou o presidente da FIFA em conferência de imprensa.
Infantino, de 52 anos, candidato único às eleições da FIFA em 2023, manifestou o total apoio aos 129 árbitros de “alto nível”, oriundos de 47 países, entre os quais seis mulheres, considerando que “o futebol une o mundo e os árbitros também”.
O presidente da FIFA destacou o trabalho exemplar que os árbitros desempenharam para chegar ao Qatar e pediu a todos os adeptos, quando não concordarem com as suas decisões, para se colocarem “na posição deles no difícil papel de ajuizar sob pressão”.
“Tenho toda a confiança de que esta equipa principal será, sem dúvida, a que vai ter o melhor desempenho neste Mundial”, disse Infantino, que pediu respeito para com os árbitros, “que tiveram que trabalhar muito para chegar a este nível”.
Portugal ficou novamente sem representante entre a elite dos árbitros, pelo segundo Mundial consecutivo, depois de Pedro Proença, atual presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, ter sido o último representante luso, em 2014, no Brasil, já depois de Olegário Benquerença ter estado em 2010, na África do Sul.
Antes, no Mundial do Japão/Coreia do Sul (2002) e em França (1998), esteve Vítor Pereira e, em Itália, em 1990, e no México, em 1986, a arbitragem portuguesa contou com Carlos Valente, depois de António Garrido ter estado no Argentina1978 e no Espanha1982.
Esta ‘cronologia’ inclui ainda o árbitro Saldanha Ribeiro no México1970 e Joaquim Campos no Inglaterra1966 e no Suécia1958, enquanto Vieira da Costa foi o pioneiro, no torneio organizado na Suíça, em 1954.
Haverá, porém, um juiz lusodescendente entre os nomeados, no caso o sul-africano Victor Gomes, de 39 anos, filho de pais madeirenses, e que será um dos seis africanos que vão dirigir jogos no Qatar.
Dos 36 árbitros principais que vão estar na fase final do Mundial do Qatar, que se realiza entre domingo e 18 de dezembro, apenas oito já estiveram num campeonato do mundo, nomeadamente no último, em 2018, na Rússia.
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