"O processo de venda decorreu de uma auscultação do mercado, em que nós tivemos aqui em consideração vários fatores, nomeadamente, a questão de ter um alguém que reúna as condições de credibilidade e de confiança no nosso projeto e, mais importante, que compreenda que os 52% irão ficar sempre na mão dos açorianos", afirmou Rui Cordeiro à agência Lusa.
O presidente da SAD 'encarnada', que é também presidente do Clube Desportivo Santa Clara, revela que o clube mantém 40% das ações, sendo que os restantes 12,4% estão distribuídos por pequenos acionistas, mantendo assim o destino do clube em "mão açoriana".
"Manter o centro de decisão regional foi aquilo que este conselho de administração sempre defendeu e será aquilo que, enquanto nós estivermos à frente deste projeto, irá acontecer", disse o dirigente, sem revelar quantias envolvidas no negócio.
A entrada do novo investidor surge na sequência de o Tribunal Judicial de Ponta Delgada ter decidido a perda da totalidade das ações de Mário Batista (47,6%), antigo presidente do clube e da SAD do Santa Clara, alegadamente por não ter realizado a totalidade das ações avaliadas em 238 mil euros.
O mesmo Tribunal não reconheceu, por isso, o negócio de venda de 46,6% das ações do acionista Mário Batista ao investidor Ismail Uzun, por 233 mil euros, tendo considerado "improcedentes" duas providências cautelares interpostas pelo empresário turco, no final do ano passado.
A PortAdmiral, empresa de compra e venda de imóveis, escolheu Khaled Saleh, cidadão com dupla nacionalidade na Arábia Saudita e Brasil, como representante no conselho de administração da SAD do Santa Clara.
Rui Cordeiro continua como presidente da SAD do Santa Clara e Diogo Boa Alma é o terceiro e último administrador do conselho de administração eleito até 2019, acumulando as funções de administrador com o cargo de diretor desportivo do clube açoriano.
Comentários