Com a passagem para a final a fazer-se a 62,25 metros, Irina Rodrigues atirou a 56,21, para ser 23.ª, e Liliana Cá a 54,31, terminando no 26.º lugar.
Irina tinha expetativas de um resultado melhor, já que foi consistente acima dos 60 metros, esta época, e o 16.º lugar do ‘ranking’ entre as presentes permitia acalentar o ‘sonho’ de uma final.
“Não foi o que pretendia, eu tinha sempre em mente fazer 60 metros, eu sei que estou bem, e que as coisas estão bem… mas os 60 metros também não eram suficientes… eu, estando em número 16 do ranking, sabia que era sempre difícil ir a uma final, mas queria muito chegar lá”, disse Irina no final da sua prova.
A atleta admite que o que falhou foi o aspeto psicológico, num dos seus piores resultados do ano: “Basta nós anteciparmos um bocadinho um lançamento e já sai tudo mal, e hoje saiu-me mal mesmo. Ao ver que o nível estava muito alto, queria dar mais intensidade no lançamento e isso acabou por estragar tudo…”.
“Isto foi mesmo uma questão interna, eu internamente não estava serena o suficiente para ter os movimentos no sítio certo. Basta estar um pouco desregulado e não sai bem. Mas eu sei que estou bem, a trabalhar bem e não sou de desistir, para o ano são os Jogos Olímpicos e não sou de desistir após um resultado mau”, acrescentou.
Na sua série de lançamentos, só o segundo foi válido, com a atleta a anular os outros dois. “Os lançamentos nulos não eram bons, foi por isso que não os validei”, disse a atleta.
“Qualquer um ficaria desiludido, na minha situação. Uma pessoa trabalha o ano inteiro, faz uma época excelente com vários lançamentos acima dos 60 metros, espera estar no campeonato do Mundo bem… e eu não fiz aqui os 60 metros, e mesmo que fizesse, não ficaria feliz porque não iria à final, isto está mesmo a um nível muito alto”, acrescentou a lançadora.
Liliana Cá lançou sucessivamente a 52,89 metros, 51,36 e 54,31, também distante do seu melhor do ano (acima dos 59 metros).
No final da sua prova, recusou-se a falar com os jornalistas.
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