“Obviamente que é triste acabar uma competição com tantos anos e prestígio a nível mundial. Vai perder-se um bocadinho o ambiente de se jogar em casa e fora. Mas o sentimento de representar Portugal vai continuar a estar presente no novo formato e acho que há coisas muito positivas para os jogadores”, disse João Sousa, número um português, em declarações à agência Lusa.
Pedro Sousa, número dois nacional, partilha da mesma opinião: “Perde-se um bocadinho da ‘magia’ da Taça Davis e em que o fator casa podia fazer muita diferença. As condições, o público… tudo contava.”
Apesar do fim do histórico formato da Taça Davis ter sido aprovado e entrar em vigor em 2020, ambos entendem as alterações e até acreditam ser benéficas para os jogadores.
“A competição tornar-se-á menos exigente, ao contrário do que acontece hoje em dia, em que é disputada em cinco 'sets' e isso acaba por fazer alguma mossa, até ao nível mais pessoal de cada jogador. Cada um tentava lidar da melhor maneira com isso e, no meu caso, lidava muito bem. Gosto muito de representar Portugal, estou sempre disponível e obviamente que continuarei a estar com o novo formato”, sublinhou o vimaranense, número 61 ATP.
Já Pedro Sousa destaca ainda a redução no calendário competitivo que surgirá em 2020: “Para os jogadores poderá ser melhor, porque têm de abdicar de menos semanas de competição. Mas, sendo a final da Taça Davis na última semana do calendário, alguns jogadores já vão chegar cansados.”
Para Portugal, integrado no grupo I da zona Euro/África, João e Pedro Sousa entendem que as alterações na Taça Davis podem ser benéficas.
“Pode ser bom, porque, se nos mantivermos no grupo I como temos vindo a fazer, vamos ter a cada ano a hipótese de jogar o 'play-off' para o Grupo Mundial”, acrescentou o número dois português e 124 ATP.
“Existe a ambição de estar no Grupo Mundial e, no nosso grupo, julgo que as alterações não serão drásticas. Vamos, portanto, poder continuar a lutar para estar no Grupo Mundial”, completa João Sousa.
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