“A cada participação, as dificuldades são mais e maiores, mas é essa superação que me move”, explicou o ultramaratonista de 40 anos, natural de Chaves.
Na sua 35.ª edição, a ultramaratona Spartathlon, prova grega de 246,8 quilómetros entre Atenas (Acrópole) e Sparta, reproduz o percurso feito há 2.500 anos pelo lendário mensageiro Pheidippides, enviado a Esparta para pedir ajuda contra os persas na Batalha de Maratona.
A prova inicia-se na sexta-feira, às 07:00 locais (05:00 em Lisboa).
João Oliveira, que participa pela nona vez na ultramaratona grega, explicou que gostaria muito de chegar de novo ao pódio e de inscrever “mais uma vez” o nome de Portugal na prova, mas admite estar ciente das dificuldades.
Recorde-se que o atleta já soma oito participações na Spartathlon, nomeadamente em 2009 (65.º lugar), 2010 (quarto), 2011 (33.º), 2012 (desistiu), 2013 (vencedor), 2014 (34.º), 2015 (10.º) e 2016 (nono).
Assumindo correr por “paixão”, João Oliveira assegura não fazer uma preparação específica para a Spartathlon, mantendo a rotina de treinar todos os dias, num total de 300 quilómetros por semana.
Segundo o ultramaratonista, o consumo de frutos secos, broas de mel e água é o segredo para aguentar a prova, nomeadamente a subida e descida dos 1.200 metros do monte Parthenio, principal obstáculo da Spartathlon.
Sem federação, os custos são todos por conta dos atletas, que, no caso de João Oliveira, em inscrição, viagens, refeições e alojamento, estima gastar mais de mil euros.
O próprio ultramaratonista assume que “todas” as suas economias são aplicadas na participação em maratonas e ultramaratonas, classificando-as como as suas férias.
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