João Sousa caiu na primeira ronda do Millennium Estoril Open diante o argentino Sebastian Baez, 59.º da hierarquia ATP, e não escondeu a desilusão depois de sentir a terra batida e o jogo a fugir-lhe entre os pés.

“Nem eu joguei bem e ele fez um bom jogo. Não tenho muito a dizer”, começou por afirmar, secamente, na conferência de imprensa.

“Acho que não consegui entrar sequer no encontro”, admitiu o tenista português, wild card do torneio que, por diversas vezes, soltou desabafos para a bancada quando servia, de costas para o camarote onde estava a família, mostrando uma aparente impotência perante o encontro que lhe estava a escapar.

“Apesar do primeiro jogo me ter sentido realmente bem, com o meu estilo agressivo, mas a partir do 1-1 (set) e do 40-40 que tive, falhei uma direita fácil e perdi toda a sensação do encontro, todo o enquadramento que esperava ter”, reconheceu. “Perdi nove jogos seguidos, o que não é normal num jogador de ténis e muito menos a este nível. Mérito dele”, admitiu o vimaranense, n.º 1 português e 83.º do ranking ATP.

Perdeu a partida (6-1 e 6-3) em 65 minutos. “Uma derrota é uma derrota. As derrotas aqui em Portugal tocam-me mais porque a expetativa da minha parte é alta. Sei que há muitas esperanças depositadas em mim e nas minhas performances. Não conseguir corresponder a essa expectativa, se é minha ou dos outros, é motivo de ficar triste”, atirou.

Campeão em 2018, não escondeu a tristeza da eliminação precoce. “Sinceramente, acho que este ano foi o ano em que cheguei em melhores condições, até mais do que em 2018, a jogar muito bem, e a treinar muito bem. Custa mais aceitar que não consigo meter isso no encontro”, sublinhou. “Nunca consegui sentir a bola”, desabafou.

João Sousa sai, na variante de singulares, com “uma deceção muito grande”, mas reconhece que tal faz parte da vida de quem pisa os courts. “Estamos habituados a perder. Faz parte da vida de um jogador de ténis”, admitiu.

Na radiografia ao encontro com Baez, João Sousa sublinhou ter faltado “intensidade”, agressividade e “ser fiel ao que tenho vindo a meter em prática nos treinos”, caracterizou. “Estou muito dececionado comigo”, apontou.

Por fim, uma palavra para o público, um suplemento que o ajuda a tentar ganhar encontros. “Dei tudo o que tinha, o público esteve muito bem a tentar puxar por mim. Quando há poucos pontos para o meu lado é difícil apoiar, mas estiveram do meu lado, não há muito mais a dizer”, finalizou.

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