“Escolhemos os bilhetes eletrónicos para ter uma máquina o mais eficiente possível. É uma inovação em comparação com outros Jogos Olímpicos e vai permitir-nos evitar situações que sofremos recentemente”, justificou o presidente do comité organizador, Tony Estanguet.
Paris recebeu em 28 de maio a final da Liga dos Campeões de futebol, entre Real Madrid e Liverpool, com milhares de adeptos portadores de ingressos falsificados a causarem um caos que resultou em violência e consequente repressão policial junto a Stade de France, em Saint-Denis, resultando em imagens que deram a volta ao mundo e colocaram em causa a capacidade organizativa dos franceses.
A dois anos dos Jogos, a novidade foi anunciada após uma reunião com o presidente gaulês, Emmanuel Macron, que ficou a par igualmente das novidades da cerimónia de abertura, em 26 de julho, que vai decorrer pela primeira vez na história num espaço aberto fora de um estádio, nas margens do rio Sena, nas quais são esperadas cerca de 600.000 pessoas, num dos desafios de segurança mais sensíveis de Paris2024.
“A segurança está no coração das nossas preocupações. Se foi decidido fazê-lo no Sena, é porque é possível do ponto de vista da segurança. A prioridade absoluta é não correr riscos, nem para os atletas nem para o público”, reforçou o presidente do comité organizador, revelando que há mais de um ano que estão a ser discutidos os detalhes relativos à cerimónia de abertura.
O governo anunciou que, diariamente, vai alocar 7.000 a 11.000 polícias aos Jogos Olímpicos — serão mais na cerimónia de abertura -, além de outros 17.000 agentes de segurança privados.
Para ter os recintos sempre cheios, foi decidido que metade dos bilhetes para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos vai custar menos de 50 euros, sendo que somente 8% dos mesmos custará mais de 200 euros.
“É, realmente, a ambição de ter os recintos cheios”, frisou Tony Estanguet, sobre os primeiros Jogos Olímpicos “paritários” em termos de números de atletas masculinos e femininos.
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